Sempre me perguntam se o Bento já é castrado ou quando vou castrá-lo. Como a resposta é mais complexa que um simples “sim” ou “não“, resolvi escrever este post para explicá-la.
Antes de tudo, vamos deixar claro que não existe a menor possibilidade do Bento ser reproduzido por mim. Sim, ele é lindo, sob o ponto de vista do padrão da raça. Sim, ele tem um temperamento sensacional. Não, a raça não sofrerá um abalo imensurável se ele não for reproduzido – existem muitos buldogues franceses maravilhosos, que pertencem a excelentes criadores de cães, para dar continuidade à raça de forma responsável. 
Por que não o castro de uma vez se a minha intenção não é reproduzi-lo?
Por um motivo simples: se os testículos existem e estão ali, significa que eles desempenham uma função relevante na dinâmica do funcionamento do organismo. A “obrigação” da testosterona não se limita à da fisiologia reprodutiva, ela cumpre papéis importantes em todo o corpo. Por isso, tirá-la de circulação deve envolver uma análise na relação custo-benefício da saúde.

#BentoLindo
E o temperamento de um buldogue francês macho não castrado?
O temperamento de um cão não vem pronto de fábrica. A maneira como um cão se comporta depende muito (muito mesmo) da educação e da socialização que recebe. Por isso, enquanto o Bento ainda é filhote, investimos muito tempo em sua socialização e em seus treinamentos (controle de impulsos, comunicação, etc.). Um cão que é bem educado quando filhote, tem muito menos chances de ser um adolescente e um adulto mal comportado, mesmo sob a influência da testosterona. 
E se ele se tornar um adolescente/adulto não comportado depois que a testosterona começar a inundar seu cérebro?
Se ele se tornar um cão que marca território dentro de casa ou que monta obsessivamente em outros cães ou que não consegue socializar com os coleguinhas porque sente necessidade de “dominar” o território ou qualquer outra situação que torne a convivência desgastante, a possibilidade da castração será considerada.
Até pouco tempo atrás, meu posicionamento era outro, porque, confesso, nunca tinha pensado que se um órgão existe, há um motivo importante para isso no funcionamento de todo o organismo. Tão óbvio, não é mesmo? Porém, isso não me faz resistente à castração, me faz apenas ponderar sobre suas indicações.
Quando um cão inteiro convive de forma integrada e educada com sua família e em sociedade, não vejo necessidade de castrá-lo. 
Cães pouco educados e pouco socializados que são mantidos inteiros (não castrados) tendem a ter qualidade de vida muito ruim e reflexo negativo na saúde, pois não saem de casa, não se relacionam com pessoas diferentes, não se relacionam com outros da sua espécie. Nesse caso, a castração, acompanhada de treinamento, pode produzir um efeito colateral chamado qualidade de vida ao animal, que refletirá positivamente em sua saúde.
Afinal, ele será castrado ou não?
Depende! Se mantiver o comportamento que tem, não será. Caso contrário, a castração é certa.

Observação importante: tenho visto que há muitos buldogues franceses vivendo confinados em apartamentos, passando muitas horas sozinhos (mais que o tolerável para um cão), em ambientes totalmente artificiais que os impedem de agir como cachorros. Essa rotina medíocre, associada ao tédio e ao baixo grau de bem-estar são terrenos férteis para a manifestação do lado negro da testosterona




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CAMILLI CHAMONE

Pós-graduada em Genética e Biologia Molecular. Foi professora universitária federal de Biologia Celular e Genética. Criou buldogues franceses. Foi membro efetivo do Conselho Disciplinar do Kennel Clube de Belo Horizonte. Foi Diretora da Federação Mineira de Cinofilia. É editora do "Seu Buldogue Francês", o maior blog do mundo sobre buldogues franceses, e de todas as mídias sociais que levam esse nome. É palestrante e consultora sobre bem-estar e comportamento canino. Além disso tudo, é perdida e irremediavelmente apaixonada por frenchies.

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