Texto de Bruna Braccini, bióloga e comportamentalista animal, escrito especialmente para o nosso blog. 

Caso você esteja precisando de orientação de qualidade na educação do seu frenchie, nós indicamos o trabalho dessa comportamentalista positiva sem reservas.
Créditos: @lolatheterrible
A interação com outros cães é fundamental para a boa qualidade de vida do seu cãozinho, é ela que permite a prática da linguagem corporal entre os cães e é ela que propicia o gasto de energia social, importante para o bem-estar de seres sociais. Deve acontecer com frequência, ser tranquila e prazerosa para todos, você, seu cachorro e os outros cães. Para isso, é importante que a socialização esteja em dia!
Se seu cachorro é bem socializado, ou seja, se dá bem e se sente à vontade com outros cães, respeitando o espaço e os limites deles, parabéns! Vocês podem, juntos, desfrutar dos momentos de interação.
Já se seu cachorro reage com agressividade ou medo, diante de outros cães, ou insiste na interação, mesmo quando o outro cão dá todos os sinais que demonstram não estar se sentindo confortável, tenha calma! Procure ajuda profissional para socializá-lo, evitando que os maus comportamentos se agravem ou coloquem em risco algum dos envolvidos na interação.
As interações, principalmente aquelas com cães que não conhecemos, devem ser SEMPRE supervisionadas! Com muita frequência, em parques, praças ou espaços abertos, escuto a famosa frase: “Não se preocupe, deixe eles brincarem, eles se resolvem sozinhos!” Sim, eles se resolvem sozinhos, mas quais as consequências disso?
Imagine uma cachorrinha que acabou de chegar no parque, ansiosa para explorar o ambiente, correr e gastar energia. Em menos de 5 minutos, um outro cão começa a segui-la e cheirá-la, insistentemente. Ela não gosta, demonstra com sua linguagem corporal, girando a cabeça, virando o corpo, fazendo o licking (lambendo o focinho), se sentando, enfim, sinalizando não estar satisfeita com a insistência na interação. 
Se o tutor acredita que eles se resolvem sozinhos: a cachorrinha pode começar a rosnar, o cão ainda insiste, ela não vê outra alternativa, a não ser mordê-lo, como última opção para afastá-lo. NHAC!!! Pronto! O cão saiu de perto, assustado! E o que a cachorrinha acabou de aprender? Aprendeu que quando precisar afastar um cão inconveniente, a solução é mordê-lo, tornando-se reativa e até agressiva.
Já se o tutor acredita que é preciso estar atento às interações: logo que sua cachorrinha começar a demonstrar incômodo e o cão não respeita seus sinais, poderá retirá-la da situação, chamando-a para outra área do parque, por exemplo, evitando que chegue ao ponto de mordê-lo. Assim como o tutor do cão, caso esteja atento ao seu comportamento, poderá impedir que insista e venha a ser mordido, desenvolvendo possíveis traumas e problemas de socialização. 
Outro ponto importante nas interações entre cães é onde devem ocorrer. O ideal é que ocorram em ambientes cercados e seguros, para que os cães possam ficar soltos sem correrem riscos. Pode ser em parques, praças, casa de amigos ou até mesmo em creches caninas, onde há supervisão por parte de monitores.
O passeio, momento para que o cão tenha sua necessidade de gasto físico e mental atendida, não é, definitivamente, o melhor dos cenários. As calçadas das cidades grandes costumam ser estreitas, as ruas costumam ser movimentadas, tornando o ambiente estressante, por si só. Somando-se a isso, tem-se a aproximação, frente a frente, de dois cães que não se conhecem. Está pronta a receita para episódios de reatividade na guia. Durante os passeios, o ideal é que os cães apenas se cruzem e logo deem continuidade ao trajeto, de maneira natural, prevenindo situações de stress.
Fica claro que a interação entre os cães é fundamental, mas precisa ser bem-feita! Precisamos, em primeiro lugar, ter certeza de que nosso cachorro é socializado para permitir que interaja com outros cães, além disso, precisamos ter consciência de que a supervisão é necessária, sim, sempre. Por fim, é importante escolhermos um local adequado e seguro. Seguindo esses passos, evitamos problemas e garantimos uma interação interespecífica adequada ao nosso cão, contribuindo para que tenha uma vida mais equilibrada, junto com toda a família!   

Bruna Braccini
Comportamentalista e Bióloga
dogzencomportamentocanino@gmail.com

 

 

 

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CAMILLI CHAMONE

Pós-graduada em Genética e Biologia Molecular. Foi professora universitária federal de Biologia Celular e Genética. Criou buldogues franceses. Foi membro efetivo do Conselho Disciplinar do Kennel Clube de Belo Horizonte. Foi Diretora da Federação Mineira de Cinofilia. É editora do "Seu Buldogue Francês", o maior blog do mundo sobre buldogues franceses, e de todas as mídias sociais que levam esse nome. É palestrante e consultora sobre bem-estar e comportamento canino. Além disso tudo, é perdida e irremediavelmente apaixonada por frenchies.

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