COMO AS INFECÇÕES POR FUNGOS OCORREM? Para o sistema imunológico, o equilíbrio está no “caminho do meio”, e isso é o que você quer para seu cão – equilíbrio. Um sistema imune subativo pode resultar em desenvolvimento de fungos, porque perde-se o controle do equilíbrio desses organismos na pele do cão. No extremo oposto, uma resposta hiperativa do sistema imune leva ao desenvolvimento de alergias – que também podem favorecer o desenvolvimento de fungos. Quando um veterinário tradicional atende um cão com alergias – um sinal de hiperatividade do sistema imunológico -, normalmente prescreve corticoides para diminuir a resposta imune. (Isso melhora os sintomas, mas não resolve a causa subjacente das alergias.) Quando o sistema imunológico do seu cão é “desligado” com o corticoide, ele é impedido de fazer seu trabalho de regular e equilibrar os níveis normais da flora da pele, então seu cão desenvolve micoses (infecções por fungos).
Quando um veterinário tradicional atende cães com alergias e infecções da pele, possivelmente secundárias, muitas vezes prescreve antibióticos. Antibióticos são conhecidos por matar as bactérias,  boas e ruins, destruindo os níveis de fungos saudáveis, de modo que essas drogas podem fazer uma situação ruim ficar ainda pior. Outra razão de cães alérgicos terem um volume maior de infecções fúngicas é que eles podem desenvolver alergias aos fungos residentes naturais de sua pele! Testes intradérmicos frequentemente revelam que um cão está tendo reação alérgica à sua própria flora natural. Esta situação pode ser muito problemática, porque a resposta alérgica do cão pode reverberar em todo seu corpo. Esses cães frequentemente têm manchas vermelhas da ponta do focinho  à ponta da cauda – todo o corpo fica flamejante e irritado. Então, cães com sistema imune subativo ou imunodeprimidos por corticoides podem desenvolver infecções fúngicas, tanto quanto cães com hiperatividade imunológica ou alérgicos.
SINAIS E SINTOMAS DE MICOSES EM UM CÃO O diagnóstico de doenças fúngicas é confirmado por exame citológico ou cultura laboratorial de micro-organismos. Mas, como um tutor de cão, você será capaz de dizer se seu cão possui essa infecção apenas pelo cheiro. Micoses têm um odor muito característico. Algumas pessoas drescrevem o cheiro como “pão mofado”; outras como “pipoca” ou “Cheetos”. O cheiro é forte e desagradável. O odor das micoses não é normal nos cães. Cães saudáveis não têm “cheiro de cachorro”. Então se seu cãozinho tem patas e ouvidos fedorentos, as chances são de que ele está encarando um franco desenvolvimento anormal de fungos em sua pele. Outro sinal são as coceiras. Crescimento de fungos na pele provoca enorme coceira. Se o problema é nas patas, o cão não parará de lambê-las. Se for nas orelhas, poderá coçá-las até ferir. Se seu cão passa muito tempo incomodado com coceiras, fique atento. Tanto para infecções bacterianas quanto para infecções fúngicas é necessário intervir.
Passo número 1 para evitar/tratar infecções por fungos: atenção à dieta. Se seu cão têm infecções fúngicas recorrentes, há muitas coisas que você precisa fazer. Primeira providência: investir na dieta. É raro que cães tenham uma lesão localizada provocada por fungos – em apenas uma orelha, por exemplo. Se esse for o caso do seu pet, apenas trate essa orelha e cruze os dedos para que o sistema imunológico dele reestruture a microbiota da pele naturalmente. Mas se seu cão, como a maioria, possui vários focos de infecção, você não tem escolhas: é necessário mudar sua dieta. A alimentação é a base da boa saúde. A maneira como você alimenta seu cão determina o funcionamento de seu sistema imunológico. Eu encorajo você a colocar seu cão em uma “dieta antifúngica”, que também é anti-inflamatória e espécie-específica. Fungos precisam de açúcar como fonte de alimento. Carboidratos são açúcares. Médicos e veterinários advertem seus pacientes e indicam a exclusão dos carboidratos da dieta em casos de infecções fúngicas recorrentes. Esse açúcar que alimenta os fungos não é apenas aquela areia branca, da cana-de-açúcar ou beterraba, que fica dentro do açucareiro. Há formas “secretas” do açúcar aparecer na dieta, como: mel, frutas, batata, mandioca, batata doce, milho, trigo, soja, arroz etc.
Se seu cão tem micoses, recomendo você a preparar uma dieta sem nenhum açúcar. Escolha vegetais de baixo índice glicêmico. Elimine milho, trigo, arroz, tubérculos, etc. Esse é realmente um passo importante. Gostaria muito de poder lhe dizer que é fácil tratar infecções fúngicas sem alterar a dieta, mas NÃO É. Seu cão precisa se alimentar com uma dieta que o ajude a restabelecer a microbiota normal da pele. Em segundo lugar, recomendo adicionar alguns antifúngicos naturais à alimentação do cão, como uma fina lasca de alho ou orégano.
PARA CÃES COM INFECÇÕES FÚNGICAS RECORRENTES Para muitos cães, micose é sazonal. Costuma ocorrer quando o clima está muito quente e úmido. Se esse for seu caso, nessas épocas sua vigilância com a dieta e limpeza deve ser maior. Entretanto, se seu cão fica doente no frio ou no calor, você deve pensar em deficiências imunológicas. Se a pele do seu cão é “dominada” por micro-organismos oportunistas – como fungos – é provável que seu sistema imune não está operando a 100%. Este texto é a tradução parcial do texto “Itchy, Smelly Dog? Yeast Infection May Be the Problem…“, escrito pela Dra. Karen Becker, médica veterinária.

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CAMILLI CHAMONE

Pós-graduada em Genética e Biologia Molecular. Foi professora universitária federal de Biologia Celular e Genética. Criou buldogues franceses. Foi membro efetivo do Conselho Disciplinar do Kennel Clube de Belo Horizonte. Foi Diretora da Federação Mineira de Cinofilia. É editora do "Seu Buldogue Francês", o maior blog do mundo sobre buldogues franceses, e de todas as mídias sociais que levam esse nome. É palestrante e consultora sobre bem-estar e comportamento canino. Além disso tudo, é perdida e irremediavelmente apaixonada por frenchies.

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