“Quem tem boca vai a Roma!” 

Correto: “Quem tem boca, vaia Roma!”
“É a cara do pai, cuspido e escarrado.” 
Correto: “É a cara do pai, esculpido em Carrara.”
“Cor de burro quando foge” 
Correto: “Corro de burro quando foge.” 
“Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão…” 
Correto: “Batatinha quando nasce, espalha a rama pelo chão…”
Estes são alguns exemplos de erros consagrados pelo uso.
Parece mesmo que mentiras que são ditas muitas vezes tornam-se verdades.
Erros consagrados pelo uso também são comuns na cinofilia.
O maior erro cinófilo é acreditar que criadores de cães existem para vender filhotes de cães de raça pura.
E um grande problema é que muitos criadores estão tão acostumados a errar, que já consagraram este erro como uma verdade absoluta. Eles também crêem que criar cães é vender filhotes de raça pura.
Entretanto, criação de cães não é vender filhotes!
O objetivo da criação de cães é a obtenção de descendência que esteja de acordo com o padrão da raça – e isso inclui tipicidade física, tipicidade de temperamento e qualidade de vida, traduzida em saúde para os cães.
Quem planeja um acasalamento deve ter como meta a produção de cães melhores dos que já tem e, obviamente, ter o interesse em ficar com estes filhotes para si.
De outra maneira, qual a razão de investir na gestação da cadela? Vender filhotes?
Criar cães não é produzir para vender filhotes.
Quem objetiva a melhora da raça cria cães desejando ter os filhotes das ninhadas – cria para si.
Quem cria cães para si não poupa esforços em estudar os acasalamentos, não hesita em remover cães inadequados da reprodução e não escraviza as cadelas, porque não faz o menor sentido – sob a ótica genética – ter muitos filhotes da mesma mãe.
Criar cães é desenvolver a sua própria criação.
E os filhotes que nascerem e não forem escolhidos pelo criador para continuar o programa reprodutivo?
Estes já nascem afortunados por terem sido muito bem planejados com relação à sua saúde, temperamento e estrutura física. Farão parte de algum lar amoroso, onde poderão fazer a felicidade de seus humanos de estimação e ser a felicidade dos mesmos.
Filhotes de companhia, tão especiais, merecerão criteriosa seleção de seus futuros lares. Nenhum cão para companhia será encaminhado sem ser castrado ou sem cláusulas contratuais específicas que determinem a castração do filhote até determinada idade. 
Fica a critério do criador vender ou doar estes filhotes.  A venda dos filhotes não é o objetivo da criação de cães, embora seja uma maneira de auxiliar nos altos custos que a manutenção de um programa reprodutivo exije.
É assustador testemunhar “criadores” renomados com verdadeiras linhas de produção de filhotes.
Alguns destes criadores renomados produzem tantos filhotes por mês que já estão conveniados com o kennel clube de sua cidade e pagam uma taxa única (mensal) para emissão de suas dezenas de pedigrees (mensais).
Criar cães não é isso. Isso é viver da venda de filhotes.
Quem cria, exclusivamente porque quer melhorar sua própria criação, não precisa de mais do que 4 (quatro) ninhadas por ano – e estou sendo complacente!
Não são necessários 30 cães, em vida reprodutiva, para trabalhar no melhoramento de uma raça, dentro de um mesmo canil. 30 cães só são necessários se o criador vive às custas de vender os seus filhotes.
Desenvolver uma criação, desenvolver uma raça e vender filhotes são trabalhos distintos.





Pense nisso antes de resolver ser um criador de cães de raça pura.
Sugiro a leitura do texto “What´s a breeder?“. Este texto é da autoria de Peggy Adams, criador de dobermanns, e refere-se a seu discurso no simpósio anual “National Dog Owners and Handlers Association“, em fevereiro de 1969.
Não poderia ser mais atual!
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CAMILLI CHAMONE

Pós-graduada em Genética e Biologia Molecular. Foi professora universitária federal de Biologia Celular e Genética. Criou buldogues franceses. Foi membro efetivo do Conselho Disciplinar do Kennel Clube de Belo Horizonte. Foi Diretora da Federação Mineira de Cinofilia. É editora do "Seu Buldogue Francês", o maior blog do mundo sobre buldogues franceses, e de todas as mídias sociais que levam esse nome. É palestrante e consultora sobre bem-estar e comportamento canino. Além disso tudo, é perdida e irremediavelmente apaixonada por frenchies.

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