Disputas inicialmente inofensivas começam a tornar-se mais vultosas e é aí que costumam surgir as preocupações – é um desafio enorme, para os tutores, ter cães “irmãos” que brigam dentro de casa. Mas, salientamos: quanto antes a intervenção acontecer, melhor é o prognóstico. Não espere que a briga torne-se séria para resolver interceder!
Há vários protocolos de tratamento envolvidos em agressão entre cães, entre eles, dessensibilização dos estressores, contra-condicionamento, estratégias operantes, mas falaremos aqui o que está a mão de todos os tutores!
O que temos a falar sobre isso?

Importantíssimo: 
mantenha sempre os cães que brigam no seu campo de visão, se não puder separá-los.
 
1. Gerencie o ambiente dos seus cães para que eles não tenham a oportunidade de brigar.
2. Identifique os gatilhos de estresse entre os seus cães e elimine-os ao máximo possível, para mantê-los longe do risco de iniciar uma briga, enquanto você modifica o comportamento.
3. Procure ajuda de um profissional qualificado de comportamento positivo. Agressividade entre cães é um assunto sério!
Entenda que, apesar de os cães serem animais sociais e sociáveis, eles não se entendem com todos os seus iguais, por motivos que muitas vezes nem nós entendemos! (isso também acontece com os humanos, não é mesmo?)
Por que os cães brigam?
Longe de ser rivalidade entre irmãos, as emoções associadas às brigas costumam estar relacionadas à ansiedade, frustração e medo. Um cão ansioso, frustrado e que sente medo mantém-se constantemente estressado e isso, por si só, é um facilitador para agressões.
Por isso, para resolver questões relacionadas à agressividade entre os seus próprios cães, os tutores precisam identificar não apenas o gatilho imediato para a agressão (por exemplo, um osso recreacional), mas também tudo na vida do cão que pode ser estressante para ele. Quanto mais estressores forem removidos da vida do cachorro, menos provável que ele use os seus dentes.
Estressores comuns para os cães
Situações estressantes podem acontecer a qualquer hora e em qualquer lugar. Lembre-se de que é a soma total de estressores, a qual um cão é submentido, que determina o grau de tensão que ele sente e que o aproxima (ou afasta) de uma situação que envolva agressividade. Assim, quanto mais você identificar esses estressores e eliminá-los, mais aliviará as tensões entre os membros da família canina.
Embora o que estresse cada cão seja uma individualidade, há estressores frequentes e comuns entre a maioria:
  • Uso de enforcador
  • Uso de coleira de choque
  • Punição física ou verbal
  • Tédio
  • Solidão
  • Guarda de recursos (espaço, comida, brinquedos, etc.)
  • Outros cães
  • Pessoas passando na rua, enquanto o cão tem vista pela janela, varanda ou portão
  • Campainha
  • Cortar as unhas
  • Tomar banhos
  • Trovões
  • Fogos de artifício
  • Dor e doenças, etc.

 

Faça uma lista com TUDO que estressa o seu cachorro (certamente, há elementos diferentes do que citamos acima) e gerencie o ambiente onde o cão vive, de forma a evitar esses estressores. 
Prevenção: você está pensando em trazer um outro cão para a sua casa?
Alguns estudos e a minha própria experiência demonstram que a dupla formada por um macho e uma fêmea apresenta, estatísticamente, chances maiores de se darem bem que duplas do mesmo sexo.
Para todos os cães do grupo dos molossos e dos bulls (buldogue inglês, buldogue francês, pit bull, bulmastiff, cane corso, rottweiler, fila, etc.) contraindicamos totalmente a convivência entre dois machos – obviamente, existem exceções felizes, mas são exceções!
Castrar resolve as brigas entre os cães?
Só castrar não resolve. O trabalho de reabilitação e modelagem comportamental é indispensável.
Algumas vezes, a testosterona no corpo dos machos funciona como “estressor”, por isso, observa-se diminuição da agressividade em alguns cães castrados. Mas isso também não é regra!
Castrar não melhora o comportamento das fêmeas.

 

 

 

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CAMILLI CHAMONE

Pós-graduada em Genética e Biologia Molecular. Foi professora universitária federal de Biologia Celular e Genética. Criou buldogues franceses. Foi membro efetivo do Conselho Disciplinar do Kennel Clube de Belo Horizonte. Foi Diretora da Federação Mineira de Cinofilia. É editora do "Seu Buldogue Francês", o maior blog do mundo sobre buldogues franceses, e de todas as mídias sociais que levam esse nome. É palestrante e consultora sobre bem-estar e comportamento canino. Além disso tudo, é perdida e irremediavelmente apaixonada por frenchies.

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