Em função da sua anatomia – corpo quadradinho e compacto – frenchies são mais predispostos, que muitas outras raças, a apresentarem lesões medulares.
Portanto, é importante ficar atento aos primeiros sinais do problema, pois o diagnóstico precoce é definitivo no prognóstico do caso.

1. O cão parece sentir desconforto ou dor abdominal, mas não há febre ou diarreia. Em casos mais extremos, o cão pode vomitar, em virtude das dores fortes.
2. O cão prefere ficar quieto e se estimulado a andar, num período inicial do quadro, pode mancar ou apresentar fraqueza dos membros posteriores.
3. Em um quadro mais avançado, há paralisia dos membros posteriores.
O QUE FAZER?
1. Em caso de suspeita de lesão medular, colocá-lo no crate (caixa de transporte) para impedir que ele se movimente. NÃO carregá-lo no colo, mexer com ele o mínimo possível, mesmo que o cão implore, pois a torção do corpo do animal irá piorar a lesão.
2. Transportá-lo para o veterinário DENTRO do crate e, no veterinário, explicar que os frenchies são sujeitos a lesões medulares. Desta maneira, seu vet vai manipulá-lo o mínimo possível, para não agravar a lesão.
Há vários testes neurológicos clínicos que podem ser feitos no momento da consulta.
Não é necessário radiografar o cão para fazer o diagnóstico.
Não é necessário fazer tomografia no cão para fazer o diagnóstico.
Não é necessário fazer mielografia no cão para fazer o diagnóstico.
Qualquer esforço ou movimentação que o cão faça é uma chance a mais de traumatismo maior na medula.
É muito importante explicar ao veterinário a predisposição da raça às lesões medulares. A maioria deles pode não estar familiariazada com as particularidades dos frenchies.
O TRATAMENTO
1. Medicação antinflamatória potente.
2. Repouso absoluto, dentro do crate. Sair apenas para fazer xixi e cocô.
3. Acupuntura e quiropraxia auxiliam muito, tanto em casos de dor, quanto como efeito antinflamatório na região do pinçamento da medula espinhal.
4. Tateando gentilmente a coluna vertebral do cão, será possível sentir que a região inflamada estará naturalmente “mais quente”. Aplicar compressas geladas várias vezes ao dia, nesta região.
5. Se em 24h do início dos sintomas, o quadro continuar a piorar, mesmo depois de estabelecidos os primeiros cuidados, a possibilidade de cirurgia para reverter o pinçamento dos nervos deve ser considerada.
  • A tomografia é um importante exame de imagens, que detecta o local da lesão, mas não há urgência nenhuma em fazê-la se a opção for pelo tratamento conservador. É um procedimento que exige anestesia geral e vai manipular o cão, portanto é risco desnecessário quando a cirurgia não é eminente. 
  • A mielografia é um exame radiográfico feito com a injeção de contraste no canal medular e tem por objetivo detectar o local exato da lesão. É um exame que pode agravar o quadro, por isso, deve ser feito apenas se o cãozinho for operar, momentos antes da cirurgia.

6. Segundo relatos, passadas 72h do momento que o cão perdeu o movimento nas patas traseiras, o prognóstico cirúrgico para reverter a paralisia não é tão bom.
COMO EVITAR TRAUMATISMOS MEDULARES?
Sabendo que a raça é predisposta a traumatismos medulares, deve-se tomar várias medidas para evitar problemas futuros:

  1. não ande com o cão solto dentro do carro, pois, paradas bruscas, curvas bruscas, etc., podem provocar solavancos indesejados, utilize o crate para transportar seu frenchie dentro do carro;
  2. corrija desde cedo o hábito que seu cão tem de ficar pulando sobre as patas traseiras ou nas pessoas (leia nossa postagem “Seu cão pula em você e nas pessoas?”: www.seubuldoguefrances.com.br/2016/05/o-seu-cao-pula-em-voce-e-nas-pessoas.html
  3.  evite ao máximo que seu frenchie pule dos móveis (sofá, cama), de escadas, de rampas, etc.;
  4.  não dê trancos na guia e nem permita que outra pessoa dê. Se o treinador do seu cão recomendar trancos, troque de treinador!

Imprima e decore, como um mantra, essa postagem.
Estar ciente destas medidas pode evitar que seu frenchie sofra uma paralisia nos membros. 
Infelizmente, a maioria dos veterinários não está familiarizada com as questões desta raça.

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CAMILLI CHAMONE

Pós-graduada em Genética e Biologia Molecular. Foi professora universitária federal de Biologia Celular e Genética. Criou buldogues franceses. Foi membro efetivo do Conselho Disciplinar do Kennel Clube de Belo Horizonte. Foi Diretora da Federação Mineira de Cinofilia. É editora do "Seu Buldogue Francês", o maior blog do mundo sobre buldogues franceses, e de todas as mídias sociais que levam esse nome. É palestrante e consultora sobre bem-estar e comportamento canino. Além disso tudo, é perdida e irremediavelmente apaixonada por frenchies.

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