Há alguns dias, quando atendi uma família, para orientá-los na modelagem comportamental do seu buldoguinho e eles me disseram: quando morávamos na cidade X, o comportamento do nosso cão não era esse – ele era calmo. Mas, desde que nos mudamos, percebo que ele late demais, está sempre ansioso e tem dificuldade para relaxar. 
Quando perguntei quais eram as diferenças entre a cidade X e Y, a tutora prontamente me respondeu: aqui tem muito barulho, muito carro, muita gente na rua. Lá não era assim. Lá era calmo.
 
BINGO. A alteração comportamental do cãozinho era um sintoma da dificuldade dele adaptar-se à vida urbana permeada de buzinas, de muitas pessoas andando na rua, do excesso de veículos e, talvez, até da poluição. Cães são animais sensíveis.
 
 
 
Atualmente, mais e mais pessoas estão introduzindo os cães a sua vida, como verdadeiros membros da família – e isso é maravilhoso! Cães têm acesso a locais públicos e, em alguns casos, a restaurantes, shoppings e até ao trabalho dos seus tutores. Basicamente, onde estamos, eles estão também (ou queremos que eles estejam). Afinal, gostamos da companhia deles! Entretanto, questiono: será que eles estão felizes em viver essas experiências humanas e tão urbanas? 
Baseada em minha análises de linguagem corporal desses cães, tenho dúvidas (leia nossos posts sobre os calming signals, para entender um pouco mais sobre isso, aqui e aqui). Eu mesma, que costumava levar meu buldoguinho comigo – o Bento – a bares e restaurantes de humanos, tenho evitado de fazê-lo. Para ele, deve ser chato e entediante ter que ficar deitado, me esperando comer, sentindo cheiros de comida boa, sem poder explorar o lugar. Eu adoro a companhia dele? Sim, inquestionavelmente. Ele curte me acompanhar? Bem… aí que reside o meu questionamento.
 
Ainda acrescento que há lugares que os cães definitivamente não deveriam frequentar, como, por exemplo:
1. Onde nos pedem para não levá-los. Há boas razões para essas placas, incluindo preocupações com saneamento e o potencial para interações negativas entre cães e humanos, como em playgrounds, área escolar e restaurantes. Eventos ao ar livre podem incluir essa proibição em seu regulamento também.
2. Lugares que podem provocar ansiedade e desconforto no cão também deveriam ser evitados. Em geral, locais muito barulhentos ou onde o espaço físico do cão é invadido por terceiros não costumam ser uma boa ideia. Isso inclui: ruas cheias, shoppings centers, estádio de futebol, shows de música, parques para cães, etc.
3. Lugares que demandam muita supervisão dos tutores podem ser desafiantes também! Talvez não seja uma boa ideia levar um cão para uma loja de móveis, de roupas ou de sapatos.
Para o conforto, a segurança e a sanidade mental dos nossos cães, é importante avaliarmos cada lugar onde pretendemos levá-los!
 
 

 

 

 

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CAMILLI CHAMONE

Pós-graduada em Genética e Biologia Molecular. Foi professora universitária federal de Biologia Celular e Genética. Criou buldogues franceses. Foi membro efetivo do Conselho Disciplinar do Kennel Clube de Belo Horizonte. Foi Diretora da Federação Mineira de Cinofilia. É editora do "Seu Buldogue Francês", o maior blog do mundo sobre buldogues franceses, e de todas as mídias sociais que levam esse nome. É palestrante e consultora sobre bem-estar e comportamento canino. Além disso tudo, é perdida e irremediavelmente apaixonada por frenchies.

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