Imagine a seguinte situação: você está jantando com seus amigos, em um restaurante, e subitamente um deles começa a gritar raivosamente: ngilambile, ngilambile, ngilambile!
Isso tem algum significado para você?

Quando gritamos NÃO, para nossos cães, eles sentem a mesma coisa que nós quando ouvimos alguém dizendo ngilambile! nervosamente – o que será que esse doido quer? não faço ideia! 

leia este excelente texto da comportamentalista animal, Fúlvia Andrade, sobre o uso dos NÃOs.
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Fonte: www.cachorroideal.com
Por que não usar “Não”?
Vamos direto ao ponto: o “não” não informa nada ao cão. E, quando educamos um cão, queremos dar instruções sobre o que ele PODE fazer. Então, por que os cães erram? Simplesmente porque ainda não entenderam o que queremos deles, porque estão confusos em relação ao que os ensinamos. 
Mas o que fazer quando eles cometem um erro? Resposta rapidinha: simplesmente não recompensar e voltar o exercício em um ponto onde ele o compreendia.
No começo da minha vida com cães, eu também achava que precisava falar sempre “não” a fim de ensinar o certo e o errado. Mas o que essa palavra significava? Ela é capaz de informar ao meu cão o que ele precisa fazer? 
Não = Uma palavra confusa.
Vamos imaginar que seu cão pula em você e, logo em seguida, ele ouve um “não!” bem dado. Que informação essa palavra deu ao cão? Afinal, o cão não estava apenas pulando naquele momento – ele também estava respirando, estava feliz ou eufórico, estava se aproximando de alguém, estava com a língua de fora, estava escutando… Para o cão, isso foi extremamente confuso, porque naquele momento ele estava fazendo muitas outras coisas, além de pular.  
O que fazer, então? Em vez de falar “não”, ensine-o a fazer outra coisa, algo que você queira: ensine-o a sentar-se ao se aproximar de uma pessoa, por exemplo. E recompense-o quando ele fizer isso. Muito mais informativo que ficar gritando “não” toda hora, que não resolve nada, concorda?
Quando ensinamos um comportamento complexo, quando o cão precisa fazer várias coisas, a palavra “não” deixa as coisas muito difíceis para o cão. Se você gritar “Não!” quando ele fizer uma parte errada, como ele vai saber qual foi a parte que ele errou?
Como eliminar essa palavra de nosso vocabulário? Procure se comunicar melhor, se esforce para passar informações para seu cão. Ensine-o o que fazer em vez de querer ensinar-lhe o que não fazer.
Com humanos as coisas funcionam dessa maneira também! Se você pega um táxi, você diz o endereço certo, não é mesmo? Quero ir à Rua Tal, no bairro Tal. Já imaginou que loucura dizer ao taxista “não quero ir ao aeroporto, não quero ir ao parque, não quero ir ao centro” – esse táxi não te levaria ao lugar que você quer, com certeza!
Recompensa X Não recompensa
Os cães, assim como nós, decidem o que fazer com base no que eles foram ou não recompensados.
Digamos que você está ensinando seu cão a tocar com a pata um determinado objeto, mas ele toca com o focinho. Simplesmente não o recompense. Deixe ele pensar no que é para ser feito. Não diga “não”, afinal seu cão não entenderá a informação que essa palavra carrega. Nesse caso, ajude seu cão a ter sucesso em uma nova tentativa: torne o exercício mais fácil.
Se for um comportamento complexo, composto de várias pequenas partes (como puxar uma gaveta, retirar algo de dentro dela, entregar a você e se sentar a sua frente), trabalhe um comportamento por vez.
Quando recompensamos os acertos e ignoramos os erros, comunicamos ao nosso cão exatamente o que queremos que ele faça.
Ao fazermos isso, nossa relação com os cães fica baseada em comunicação e entendimento, em vez de de confusão, medo e advertências. Assim, nossos cães farão o possível para fazer o que queremos. Se isso não acontecer, a responsabilidade certamente não é de nossos cães: ou estamos falhando ao educá-lo ou não passamos informações claras o bastante para eles. 

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CAMILLI CHAMONE

Pós-graduada em Genética e Biologia Molecular. Foi professora universitária federal de Biologia Celular e Genética. Criou buldogues franceses. Foi membro efetivo do Conselho Disciplinar do Kennel Clube de Belo Horizonte. Foi Diretora da Federação Mineira de Cinofilia. É editora do "Seu Buldogue Francês", o maior blog do mundo sobre buldogues franceses, e de todas as mídias sociais que levam esse nome. É palestrante e consultora sobre bem-estar e comportamento canino. Além disso tudo, é perdida e irremediavelmente apaixonada por frenchies.

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