CBKC é a sigla da Confederação Brasileira de Cinofilia, entidade que estabelece normas e dita regulamentos para a cinofilia brasileira.
Como dito no texto A Pirâmide Cinófila, é o órgão máximo de poder quando o assunto é cães de raça no Brasil. Justamente por isso, irregularidades cinófilas devem ser comunicadas a este órgão, para que as providências cabíveis sejam tomadas.
Mas, no que permeia a criação de cães de raça ainda falta bastante para esta entidade cinófila avançar.
Não há controle dos registros das ninhadas, não há controle dos cães utilizados na reprodução nem dos locais onde vivem ou são reproduzidos, não há controle do número de ninhadas que as fêmeas tem… ou seja, não há controle!
Isso favorece a atuação dos fabricantes de filhotes que fazem crescer a renda dos órgãos de registro (e entidades filiadas) significamente com os registros dos cães, saudáveis ou não, típicos ou não.
No último dia 22, o Kennel Club da Grã-Bretanha determinou um limite máximo de 4 (quatro) ninhadas registráveis por cadela. O limite estabelecido previamente, em 1999, era de 06 (seis) ninhadas, entretanto os próprios criadores o consideravam abusivo.
Leia esta determinação na íntegra (em inglês): Kennel Club Takes The Lead On Litter Limits For Bitches
Há ainda uma disposição específica para cadelas que tem seus filhotes via cesárea: “a cadela pode ter no máximo 02 (duas) crias, salvo esteja provado cientificamente que não comprometará o bem-estar da cadela, desde que seja decidido antes do acasalamento.”
Leia em Kennel Club Agrees New Approach To Caesarean Sections
Foi bastante interessante ler no texto do Kennel Club da Grã-Bretanha a seguinte frase:
“O Kennel Clube quer garantir que todos os criadores coloquem a saúde e o bem-estar de seus filhotes e fêmeas reprodutoras em primeiro lugar…”
É um exemplo a ser seguido e espero que a nossa cinofilia avance por este caminho!
Enquanto isso não acontece, escolha conscientemente um criador de cães ético se quiser um cão de raça pura… ter um filhote registrado não é garantia de muita coisa.
Talvez um dia, com a vontade de seus dirigentes, a CBKC chegue lá.