Texto excelente, sobre a chegada do bebê, publicado no Estadão, em 26/03/2017.
Há um novo membro na família e, com ele, toda a rotina mudou. E não à toa, porque um bebê precisa de atenção especial e cuidados. Quando temos um pet em casa, então, é melhor se preparar: as mudanças podem ser mais difíceis.
É natural que nosso animal de estimação note as alterações em casa. Agora, por exemplo, ele sabe que você tem menos tempo e atenção para dar porque está dedicado ao recém-nascido. Então, mudanças em seu humor podem ocorrer: eles ficam carentes, ciumentos, depressivos ou, até mesmo, agressivos. Tudo isto, claro, depende do seu cão e da forma com que ele está sendo tratado.
Para tirar dúvidas sobre essa  nova fase, o zootecnista e especialista em bem-estar animal, Renato Zanetti, aponta quais são os mitos e verdades sobre esse tema e dá dicas para ajudar os donos a agirem da melhor maneira para manter uma convivência saudável entre a criança e o pet.
Eles ficam ciumentos?
Verdade. Zanetti explica que talvez o sentimento seja ciúme, mas o mais preciso seria dizer que o cachorro sente uma necessidade de “proteger seus recursos” – quer dizer, ele gosta de certos objetos e pessoas e, naturalmente, deseja que elas lhe estejam fazendo companhia e dando atenção.
Ficam agressivos?
Mito. Não é necessariamente verdadeiro que nossos pets fiquem tão ofendidos, com a chegada de um novo membro, que passem a nos atacar ou a reagir agressivamente à vida que estão levando. Caso os preparos da vinda do bebê não tenham sido os melhores, o cão pode, sim, ficar apreensivo, tenso e frustrado, sintomas confundidos com agressividade. Mas se este período for bem planejado, as chances disto ocorrer são menores – e é bem possível que nosso cão fique bem com esta transição.
Carentes?
Verdade. Ao dar conta que todos os cuidados estão voltados ao bebê, o cachorro pode exigir a atenção que lhe foi tirada. Latir mais, uivar, fazer as necessidades no lugar errado são exemplos de maneiras que os cães descobrem para chamar a atenção de seus tutores.
Eles sabem que há um ser novo entre nós?
Verdade. Não adianta: não tem como, nem por que esconder que a casa agora abriga um novo membro. Ao farejar o cheiro, ouvir os barulhos de choro e notar o comportamento dos pais, o cão sente que algo mudou no ambiente. O que fazer? Aja naturalmente, sem fingir que tudo está igual.
Cães e bebês podem ser amigos?
Verdade. Nada impede que um cão e um bebê tenham uma relação próxima. Mesmo após perder seu trono, o pet pode ter um excelente convívio com o recém-nascido. Aliás, isto é o mais frequente. “Há muitos mais relatos de amizade entre cães e filhos do que o contrário”, afirma Zanetti.
O cão deve conhecer o bebê assim que ele chegar?
Mito. Calma lá: se isto acontecer, ótimo, mas apenas se a situação estiver controlada. Caso a vida com o bebê ainda esteja um pouco caótica, não se precipite. Espere criar situações positivas entre o bebê e o cachorro.
Sem os mimos, cachorros sofrem mais?
Verdade. Após perder o status de filho único, o cão pode sofrer um pouco para se adaptar. E não porque seus donos não liguem mais para ele: é só pela razão de que, agora, eles têm de cuidar do bebê em tempo quase integral.
Agora que já são amigos, crianças e cachorros podem ficar sozinhos?
Mito. Não é aconselhável deixar seu bebê com o cão, mesmo que eles já tenham estabelecido um laço de amizade. Por suas ações imprevisíveis – desde puxar o cabelo até puxar as orelhas -, a criança pode irritar ou “testar” o cachorro a um ponto que ainda não havia sido levado.
Meu cão tem que ser independente. Isso depende de mim?
Verdade. Ensinar um cão a viver sozinho não quer dizer negligenciar cuidados a ele – ou muito menos que os donos não têm mais interesse sobre ele -, mas, sim, significa facilitar sua vida nos mais diferentes ambientes com outras pessoas. Com a jornada dedicada quase exclusivamente ao bebê (dar banho, dar comida, limpá-lo e passar todo o tempo necessário com ele), tornar seu cão autônomo é recomendado e depende, também, de você.
A adaptação é melhor se o cão conhece as roupinhas e brinquedos do bebê?
Verdade. Mostrar o carrinho e as roupas do bebê para que ele as cheire, além de deixar o cão chegue aos brinquedos e outros objetos da criança, são formas de fazer a curiosidade do pet diminuir. “É uma excelente atitude”, diz o médico.
O cão deve se acostumar a ser tocado?
Verdade. É bom que o cachorro esteja habituado a ser tocado, seja no pelo, nas orelhas, na pata ou no rosto. Isto porque, na fase de engatinhar e andar, mesmo em uma brincadeira e sem o objetivo de machucar o cão, o bebê pode tocar em alguma parte dele.
→ Se o seu cão apresenta qualquer tipo de comportamento reativo ou agressivo, contrate um comportamentalista canino positivo com bastante antecedência, preferencialmente, antes da gestação! Alguns trabalhos de modulação de comportamento podem levar bastante tempo para serem realizados.

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CAMILLI CHAMONE

Pós-graduada em Genética e Biologia Molecular. Foi professora universitária federal de Biologia Celular e Genética. Criou buldogues franceses. Foi membro efetivo do Conselho Disciplinar do Kennel Clube de Belo Horizonte. Foi Diretora da Federação Mineira de Cinofilia. É editora do "Seu Buldogue Francês", o maior blog do mundo sobre buldogues franceses, e de todas as mídias sociais que levam esse nome. É palestrante e consultora sobre bem-estar e comportamento canino. Além disso tudo, é perdida e irremediavelmente apaixonada por frenchies.

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