Texto de Bruna Braccini, bióloga e comportamentalista animal, escrito especialmente para o nosso blog. A Bruna é a profissional que nos orienta nos treinamentos do Bento e oferece consultorias, presencialmente e à distância (online). 

Caso você esteja precisando de orientação de qualidade na educação do seu frenchie, nós indicamos o trabalho dessa comportamentalista positiva sem reservas.

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Créditos da imagem: Pinterest

Você considera sua comunicação com seu cão, realmente eficiente? Consegue fazer com que ele entenda o que é certo ou errado para você, as regras da casa, dos passeios, de maneira tranquila e sem stress? Se comunicar bem com o seu cão é um dos principais pontos para que haja uma relação equilibrada entre vocês.
Para construir essa comunicação, o primeiro passo é ter as regras de convivência o mais claras possível. Definir o que pode e o que não pode, com todos da família e, de preferência, antes da chegada do cachorro, é bastante importante. Feito isso, o próximo desafio é como deixar claras, as regras para o cão.
Os cães compreendem, com maior precisão, palavras ou sons e nossa linguagem corporal. Aprendem por condicionamento e repetição, levando-se em conta que um comportamento recompensado, aumenta de frequência, e um comportamento ignorado, diminui de frequência. Ciente disso, você precisa escolher palavras objetivas, simples e claras para se comunicar com ele, assim como a linguagem corporal que irá usar.
Quando se tratar de um comportamento aprovado por você, elogie bastante, use palavras como “muito bem”, “bom garoto”, “parabéns”, recompense também com uma linguagem corporal que indique aprovação, fazendo carinho, podendo dar-lhe um petisco, em seguida. Quando o filhote acerta o local do xixi, quando o adulto se comporta bem na presença de visitas ou quando o cachorro senta sob comando, são exemplos disso. Dessa forma, o cãozinho aprende claramente quando tem um comportamento desejado e que esse comportamento deve permanecer.
Já quando se tratar de um mau comportamento, reprovado por você, lembre-se: um comportamento ignorado, diminui de frequência. Para ignorar um mau comportamento, use sua linguagem corporal, cortando sua comunicação com o cão, de maneira clara, tanto visual, quanto verbal, retirando-se do ambiente, se preciso. Isso funciona para quando o filhote faz as necessidades no lugar errado ou quando um cão está demasiadamente ansioso, pulando demais em você, por exemplo.
Outras formas de lidar com um mau comportamento é antecipando-o, evitando que aconteça ou, ainda, redirecionando-o para um bom comportamento, da maneira neutra e sem broncas. Por exemplo, no caso de um cãozinho que está mordendo suas mãos, tenha um brinquedo dele ao alcance e incentive-o a trocar as mãos pelo brinquedo, mudando o foco e recompensando o comportamento desejado, em seguida.
Usar marcadores negativos, como “não” ou “ahn ahn”, pode ser bastante útil para mostrar ao cão sua insatisfação com um comportamento e dar a oportunidade de interrompê-lo, mas por outro lado, você não estará ensinando o certo, nem ignorando o comportamento para que possa diminuir de frequência, estará apenas pedindo que pare com o errado. Use com moderação!
Exercitar essa comunicação com seu cão, deve ser um exercício diário, já que os cães aprendem por condicionamento e repetição. Quanto mais você se comunicar com ele, mais eficiente será o entendimento entre vocês. Comece treinando em casa, para depois treinar na rua ou em ambientes com mais distrações.
Se você quer passeios tranquilos, exercite bastante a comunicação nesses momentos. De nada adianta querer que seu cachorro entenda o que você quer, apenas quando aparece aquele super estímulo, ao qual ele reage latindo. Ou seja, não adianta querer que seu cãozinho escute você pedindo para que ele se sente e permaneça tranquilo, diante de um outro cão, por exemplo, se não tiver treinado bastante essa comunicação em momentos de tranquilidade. Se comunique constantemente com seu cachorro durante os passeios, isso estreitará os laços entre vocês e ensinará que, em momentos tensos, a solução é que um esteja focado no que o outro diz.
Fica claro que precisamos ser objetivos e consistentes na comunicação com nossos cães, se quisermos ser bem compreendidos, não é? De nada adianta frases longas e cheias de detalhes, como: “Por que você fez xixi em cima da cama? Eu já não te falei que isso é errado? Agora vai ficar de castigo para aprender!” ou ainda: “Pare de pular em mim, já te falei que não gosto! Senta agora! Vamos, senta!!”. Ao dizer tudo isso, você acaba recompensando comportamentos ruins, dando atenção ao cão, ao falar bastante com ele. Está lembrado que um comportamento recompensado, aumenta de frequência? Pois é! 
Bruna Braccini
Comportamentalista e Bióloga

 

 

 

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CAMILLI CHAMONE

Pós-graduada em Genética e Biologia Molecular. Foi professora universitária federal de Biologia Celular e Genética. Criou buldogues franceses. Foi membro efetivo do Conselho Disciplinar do Kennel Clube de Belo Horizonte. Foi Diretora da Federação Mineira de Cinofilia. É editora do "Seu Buldogue Francês", o maior blog do mundo sobre buldogues franceses, e de todas as mídias sociais que levam esse nome. É palestrante e consultora sobre bem-estar e comportamento canino. Além disso tudo, é perdida e irremediavelmente apaixonada por frenchies.

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