“Não posso discutir com pessoas que acreditam que é certo dominar os outros (incluindo animais não-humanos) e, embora eu possa ilustrar facilmente como a dominação alheia não leva ao equilíbrio das relações, não posso fazer ninguém escolher pela harmonia ou falta dela.
Não posso discutir com pessoas que consideram aceitável machucar os outros a fim de alcançar seus objetivos, porque tais meios são inadmissíveis, para mim.
Não posso argumentar com pessoas que repetem discursos antigos (e ultrapassados), como um meio de justificar sua conduta moral, porque minha mente rejeita argumentos inválidos e incorretos.
Com o tempo, os princípios racionais que governam a minha mente e os princípios morais que regulam a minha conduta se mostrarão ser os mais adequados. Até lá, como resultado da minha pré-programação genética, do meu condicionamento social e da minha biologia evolutiva, prefiro ser gentil com outros animais, respeitando-os pelo que eles são e interagindo com eles em igualdade de condições. Não acredito que seja certo subjugá-los à minha vontade, comandá-los ou mudar a natureza deles – e não preciso de uma justificativa racional sobre o porquê disso ser certo para mim.” Roger Abrantes