Há algum tempo estou lendo o livro “O bem-estar dos animais” de Temple Grandin e Catherine Johnson.

O livro apresenta novas propostas com relação ao comportamento animal – algumas quebras de paradigmas – e é por isso que estou demorando tanto a lê-lo.
Na verdade, eu leio, releio, paro, penso, estudo o tema proposto, volto a ler, penso, paro, fico pensando novamente assunto. Sou sistemática, né? Mas, é assim que minha mente funciona quando estou diante de novas propostas. Não costumo recusar, nem aceitar nada facilmente. Questionar faz parte da minha maneira de ser.

As autoras citaram que a pesquisadora inglesa, Dra. Debora Goodwin, desenvolveu uma pesquisa demonstrando que os traços faciais dos cães e o comportamento caminham juntos. Ou seja, quanto mais um cão se parece com um lobo, mais o seu comportamento adulto será semelhante ao deles.
Para estudar a conexão entre a aparência e o atitude lupina, foram selecionados 15 tipos de comportamentos agressivos (rosnar, arreganhar os dentes, “ficar por cima”, arrepiar) e submissos (lamber o focinho, desviar o olhar, agachar, virar de barriga para cima), que os lobos utilizam para se comunicar. Esses comportamentos foram aplicados em 10 raças de cães.
Alguns dos resultados:
– Cavalier King Charles Spaniel: 2 comportamentos de lobo, entre 15
Bulldog Francês: 4 comportamentos de lobo, entre 15
– Golden Retriever: 12 comportamentos de lobo, entre 15
– Husky Siberiano: 15 comportamentos de lobo, entre 15

 
Não sei até que ponto essa pesquisa está certa ou não está, não tive acesso a ela, não conheci os métodos e nem sei se seria capaz de avaliar qualquer viés.
Mas, na prática, na minha vivência com os frenchies e na troca de experiência com criadores experientes, o que posso dizer é o seguinte: frenchies tem bastante dificuldade em reconhecer os sinais de “cuidado comigo” emitidos pelos outros cães. Ou se reconhecem, por alguma razão suicidamente maluca, não se importam.
Tamanho ou peso do cão oponente são variáveis totalmente desconsideradas. Podem enfrentar um pincher ou um rottweiller com a mesma valentia. Não existe esforço apaziguador quando estão determinados.
No livro foi citada uma passagem muito pertinente que diz o seguinte:
“Observamos que algumas raças de cães são incapazes de cooperar (de forma muito básica: só fazendo alguma coisa juntos) e competem em grupos, refletidos nas dificuldades de estabelecer e manter uma hierarquia (por exemplo, poodles). As interações nesses grupos de cães não são funcionais e os membros tem dificuldades para lidar com os desafios do ambiente. É impressionante que as maneiras de solução de conflito (para apaziguar, animar ou inibir o oponente), que é uma prática comum entre os lobos, não existam em grupos de cachorros de várias raças… Entre grupos de cães, conflitos banais podem chegar a lutas sangrentas.”

Portanto, inclua os bulldogs franceses no grupo dos cães que tem dificuldades para resolver conflitos banais. :)]]>

 

 

 

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CAMILLI CHAMONE

Pós-graduada em Genética e Biologia Molecular. Foi professora universitária federal de Biologia Celular e Genética. Criou buldogues franceses. Foi membro efetivo do Conselho Disciplinar do Kennel Clube de Belo Horizonte. Foi Diretora da Federação Mineira de Cinofilia. É editora do "Seu Buldogue Francês", o maior blog do mundo sobre buldogues franceses, e de todas as mídias sociais que levam esse nome. É palestrante e consultora sobre bem-estar e comportamento canino. Além disso tudo, é perdida e irremediavelmente apaixonada por frenchies.

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