Mas, o filhotinho cresce e atinge os 10 kg. Os pedidos de atenção anteriormente fofos, agora, arranham a sua perna, sujam a sua roupa, derrubam você – ou as crianças da casa – e assustam as visitas. Acompanhando os pulos, costumam vir umas bocadas que apavoram os mais desavisados e, às vezes, até machucam. São mordidinhas de agitação, ele não é agressivo, fique tranquilo! – você explica.
Esse cenário lhe parece comum?
Fonte: snowyswan.com
Então vamos lá, explicar o porquê desses comportamentos!
1. Desde que chegou a sua casa, o filhotinho aprendeu que ganharia a atenção das pessoas pulando nelas! Bem, então, para continuar ganhando a atenção delas, ele continuou pulando. E funcionou! Yeyyyy!
2. O tutor confundiu o comportamento ansioso com felicidade e continuou dando atenção à “suposta felicidade” do filhote, reforçando ainda mais a ansiedade.
3. O filhote cresceu (que bom!), mas ele não é capaz de entender o porquê de as regras mudarem de uma hora para outra. Por que podia e agora não pode mais? Que humano maluco! Sempre fiz isso… continuarei fazendo!
Agora que você entendeu porque seu cão pula, faça o inverso e aproveite da linguagem que os cães entendem para mostrar a ele que pular não é legal.
Como fazer isso?
1. Inicialmente, entenda que, no universo canino, quando um cão quer dizer ao outro que está cansado da interação, ele simplesmente dá de costas para o outro cão.
Virar de costas para o outro é a mesma coisa que dizer:
amigo, fica na sua agora! Portanto, utilize essa mesma linguagem para comunicar ao seu cão que você não quer interagir quando ele pula – dê-lhe as costas. (saiba mais sobre esses sinais no livro
Sinais de Calma, de Turid Rugaas)
2. Não reforce os pulos! Entenda por não reforçar:
– não olhar para o cão;
– não tocá-lo;
– não falar nenhuma palavra.
Qualquer coisa que você disser a ele (inclusive a palavra não), quando seu cão pular sobre você, será entendida como atenção!
Lembre-se da regra básica:
Comportamentos recompensados perpetuam. Comportamentos ignorados entram em extinção.
3. Ofereça carinhos e atenção ao seu cão quando ele estiver calmo, relaxado, preferencialmente, sentado ou deitado. Ignore-o completamente (não olhe, não toque, não fale) quando ele estiver se comportando de forma ansiosa.
4. Tenha paciência.
Essa é a parte mais difícil de todas! Percebo que, assim que decidem que não toleram mais determinando comportamento, humanos querem que o cão mude imediatamente. Mas, não é assim que as coisas funcionam… um comportamento inadequado levou muito tempo para ser consolidado! Portanto, levará tempo para ser desconstruído.
A maioria dos cães, antes da melhora do comportamento, apresentará uma PIORA! Não se preocupe: se você estiver fazendo tudo certinho, entenda isso como um processo dentro da normalidade, chamado pico da extinção do comportamento. Não desista, continue firme!
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