Nós frequentamos muitos lugares públicos com o #BentoLindo e, para nós, é importante fazer isso. Não só porque curtimos a companhia dele conosco, mas também porque sabemos que é importante para ele. Afinal, evolutivamente, cães são animais que têm o hábito de explorar, reconhecer e se relacionar.
Felizmente, em Belo Horizonte, há muitos bares e restaurantes que funcionam no calçadão – ambientes humanos mais descolados e menos formais – e isso nos permite levar o Bento. Tomamos o cuidado de treiná-lo em casa para que ele seja apto a frequentar esses espaços públicos sem perturbar outras pessoas. Afinal, ninguém tem obrigação de gostar da falta de educação do cachorro alheio, não é mesmo? Além disso, penso que a acessibilidade canina (em transportes públicos, voos, restaurantes, etc.) só será alcançada quando a maioria dos tutores se empenhar em educar seus cães para frequentarem lugares públicos – fazemos nossa parte!
 Enquanto o almoço não chega…
Para que o Bento se relacione com os seus iguais de espécie, procuramos levá-lo a parques e pracinhas – e essa é a parte da nossa “jornada social” que tem sido o maior desafio. Conhecemos tutores incríveis e cães educadíssimos, mas a maioria deles ainda precisa de muita orientação.
O cenário mais comum é aquele de um cão cheio de ansiedade, que não tem suas necessidades básicas atendidas (físicas, socais, mentais), na rotina diária, e que é solto no parquinho (sem coleira) para se relacionar no fim de semana. Honestamente, considero louvável a preocupação do tutor em socializar seu cão, mas os outros cães que frequentam o mesmo ambiente precisam ser levados em conta e poupados das dificuldades do outro.
Também entendemos que há muito desconhecimento de linguagem corporal. Se os tutores fossem aptos a reconhecê-la, os problemas entre os cães seriam muito menores! Por isso, vamos citar alguns maus comportamentos que merecem atenção:
1) Perseguição
Correr é super legal e os cães adoram. Mas, alguns cães não entendem a brincadeira e começam a perseguir o outro como caça-caçador. Isso desencadeia muitas brigas!
Meu cão persegue outros cães. O que fazer?
Assim que você perceber isso, pegue o seu cão, coloque-o na coleira e afaste-o da “caça”. Leve-o para outro lugar, espere que ele se acalme e, somente depois que ele estiver calmo, o solte novamente. Repita isso todas e quantas vezes forem necessárias. Isso fará com que seu cão associe o comportamento de perseguir com a perda da liberdade.
Não é preciso xingar, não é preciso virar o cão de barriga para baixo, não é preciso gritar com o cão. Você só precisa usar uma linguagem que o cão entenda!
2) Montar em outro cão
Outro grande desencadeador de conflitos! Montar em outros cães não deve ser encarado como um “comportamento natural” entre cachorros desconhecidos que frequentam o mesmo espaço. Você se sentiria confortável se outro humano invadisse o seu espaço, sem a sua permissão?
Montar pode estar relacionada à ansiedade, à reatividade e à dominância – não significa necessidade pungente de acasalar! De qualquer forma, não importam as razões, esse hábito precisa ser eliminado se, para você, é importante que seu cão se relacione de forma saudável com outros cães.
Meu cão monta nos outros. O que fazer?
O primeiro aspecto da solução desse problema é se antever a ele. Seu cão começou a cheirar demais as partes íntimas do outro cão e a lambê-las? Separe-os. Você não percebeu os sinais e seu cão já está montando no outro? Separe-os. Em ambas situações, se separar não resolver, coloque-o na coleira e afaste-o. Leve-o para outro lugar, espere que ele se acalme e, somente depois que ele estiver calmo, o solte novamente. Repita isso todas e quantas vezes forem necessárias. Isso fará com que seu cão associe o comportamento de montar com a perda da liberdade.
Não é preciso xingar, não é preciso virar o cão de barriga para baixo, não é preciso gritar com o cão. Você só precisa usar uma linguagem que o cão entenda!

3) Rosnar para outros cães deliberadamente
Diante de situações ameaçadoras, o rosnado é uma comunicação normal, que funciona como um aviso: “Não estou gostando da brincadeira. Pare!”, “Não se aproxime tanto de mim!”. Entretanto, tenho observado que há cães que se sentem ameaçados e rosnam para outros cães em situações absolutamente pacíficas e nada hostis.


Quando o tutor percebe que seu cão está rosnando deliberadamente para outros, sem motivo importante, é preciso que ele intervenha a fim de proteger a integridade física de todos. Afinal, o aviso já foi dado e precisamos nos antever aos problemas!

Nesse caso, acredito ser importante a intervenção profissional de um comportamentalista canino que adota o com treino positivo para dessensibilizar o cão e para torná-lo apto à integração social.

4) Brigar com outros cães
Cães que costumam arrumar confusão jamais podem ser deixados soltos em parques e praças. O tutor de um cão reativo ou agressivo precisa ser muito bem orientado a fim de poder reconhecer os sinais de linguagem corporal que seu cão emite quando se sente desconfortável! Por isso, é importante lembrar que qualquer tipo de problema que envolva reatividade/agressividade deve ter acompanhamento de um profissional comportamentalista canino.
Quando você permite que um cão não socializado fique solto, você coloca em risco a integridade física dos outros cães e das outras pessoas – que muitas vezes se ferem tentando separar as brigas entre os cachorros. Seja sensato!

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CAMILLI CHAMONE

Pós-graduada em Genética e Biologia Molecular. Foi professora universitária federal de Biologia Celular e Genética. Criou buldogues franceses. Foi membro efetivo do Conselho Disciplinar do Kennel Clube de Belo Horizonte. Foi Diretora da Federação Mineira de Cinofilia. É editora do "Seu Buldogue Francês", o maior blog do mundo sobre buldogues franceses, e de todas as mídias sociais que levam esse nome. É palestrante e consultora sobre bem-estar e comportamento canino. Além disso tudo, é perdida e irremediavelmente apaixonada por frenchies.

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