Ian Dunbar, o médico veterinário considerado o “papa” do treinamento positivo, afirma que a atividade mental, durante os passeios, é muitoooo mais importante que a atividade física promovida por ele.
Durante o passeio, os cães tem a oportunidade de manifestar um repertório grande dos seus comportamentos naturais, por exemplo:
- explorar
- farejar
- marcar território
- socializar
Por isso, se você costuma passear com seu cão usando uma guia curta e andando a passos rápidos, nós convidamos você a testar uma nova estratégia: providencie uma guia um pouco maior (1.80m) e permita que seu cão defina o ritmo durante o passeio.
Ele quer farejar o poste? Deixe-o farejar à vontade, pelo tempo que ele quiser.
Ele quer fazer xixi em todos as árvores e motinhas? Deixe que ele marque território à vontade,
Ele tem um amiguinho canino, que é “de boas” (não avança, não morde e não monta)? Deixe-os interagir, até se “fartarem”!
Ele interaje bem com humanos? Deixe que humanos interessados se aproximem e interaja, caso o cão esteja interessado também.
Seu cão quer explorar o ambiente? Permita! Não há a menor necessidade de ele andar colado ao seu lado. Aliás, é um mito acreditar que o cão que anda a frente do seu tutor quer “dominá-lo”. O cão só quer explorar. Apenas cães de trabalho (cão guia, cão policial, etc.) precisam andar junto ao tutor, no ritmo do tutor.
Lembre-se que a qualidade do passeio é muito mais importante que a distância percorrida. O passeio é um momento do cão! Por isso, por que não permitir que ele fareje à vontade, marque território à vontade e explore o ambiente à sua volta?
Nós não estamos sugerindo que o passeio seja um momento sem regras, mesmo porque em um ambiente urbano, regras de bom comportamento precisam ser seguidas. Estamos sugerindo que o passeio seja um momento do cão manifestar seus comportamentos naturais (e inofensivos).
Importante: a guia é um equipamento de segurança, não é um equipamento de controle. Nunca ande na rua sem guia! (mesmo porque, é ilegal!)