(Texto de Fúlvia Andrade, comportamentalista canina)

Ver cães brincando entre si é muito gostoso. Mas, será que sabemos que está tudo bem na brincadeira entre eles? Quando devemos intervir?
Normalmente um conselho que nos dão é “deixe que eles vão se entender, eles resolvem suas brigas sozinhos“, mas é o pior conselho que se pode dar. Primeiro porque o cão que está atormentando o outro é recompensado (comportamento auto-recompensador, por ser divertido pra ele) e, segundo, porque aquele que está sendo importunado vai pensar que todas as interações entre cães serão assim e ele tenderá a demonstrar agressividade para se defender.
Então, como saber se devemos deixar os cães brincando ou se devemos separá-los?
O que é aceitável:
São situações que não demandam intervenção nossa: os cães estão se divertindo, os corpos estão relaxados. Se estiverem brincando de pega-pega, é bom que os papeis de “pega” e “pegador” se alternem entre os cães que participam da brincadeira. Se não há essa troca entre eles, um ficará sempre tentando se esconder e é nessa hora que a brincadeira precisa ser interrompida. O dono do cão “perseguidor” o chama e tira-o da brincadeira. Por isso que ensinar o comando VEM é muito importante: se seu cão ainda não souber, é bom deixá-lo interagir com uma guia longa.
Vocalizar é normal: alguns cães gostam de brincar rosnando e latindo. Repare a linguagem do corpo deles: se estiverem relaxados – nem tensos e nem tentando fugir -, a brincadeira está boa e pode continuar.
O que é questionável e exige atenção
Se o clima estiver esquentando entre os cães, se as animosidades estiverem aumentando, é melhor separar a brincadeira. Como saber disso? Leia abaixo:
Se um dos cães está sempre sendo perseguido e há mais de um cão envolvido, pare a brincadeira. 
Cabo de guerra: é uma boa brincadeira, mas fique de olho para ver se não estão disputando o brinquedo de forma mais agressiva, ao invés de apenas brincando. 
Perseguir outro cão é questionável também, por ser o primeiro estágio de passar a caçar aquele cão. 
O que é inaceitável
Nestes casos, deve-se realmente parar a brincadeira, porque um deles não estará se divertindo. Sinais comuns são:
  • Morder o pescoço ou outras partes do cão;
  • Ficar latindo na cara do outro cão. É perigoso, porque o outro cão pode se irritar e morder, como se dissesse “cai fora!”;
  • Muita excitação ao brincar;
  • Montar. Não é algo sexual, mas pode indicar uma ansiedade no cão que monta, um jeito de chamar a atenção para brincar, mas é inapropriado;
  • Avançar, sem chegar a morder o outro cão. Cães que agem assim querem distância, e não brincadeira;
  • Colocar a cabeça no ombro do outro cão. Isso é rude e invasivo na linguagem canina;
  • Bater com o corpo em outros cães;
  • Colocar o outro cão no chão de barriga pra cima;
  • Formar uma gangue de cães para perseguir um único cão. Pode acontecer em grupos de brincadeira já formados e com a entrada de um novato. Extremamente intimidador e deve ser imediatamente interrompido na hora!
  • Brincar sem supervisão. Se você pensa em deixar seu cão brincando enquanto senta num banco para ler ou mexer no celular, esqueça. Ao fazer isso, não prestamos atenção em uma mudanças de comportamento que podem prejudicar os outros cães que querem apenas se divertir, no caso do nosso cão ser o que apronta. Se o nosso for o intimidado, perdemos a oportunidade de ajudá-lo quando ele mais precisa de nós. 

Colocar um cão desconhecido de barriga para cima: totalmente inaceitável


Lembre-se que nem todos os cães gostam de brincar com outros. Alguns são mais sérios e preferem apenas um longo passeio e encontros ocasionais. Outros são mais ativos e brincalhões. Devemos respeitar a individualidade de cada um deles e proporcionar a eles experiências sempre gratificantes! 
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CAMILLI CHAMONE

Pós-graduada em Genética e Biologia Molecular. Foi professora universitária federal de Biologia Celular e Genética. Criou buldogues franceses. Foi membro efetivo do Conselho Disciplinar do Kennel Clube de Belo Horizonte. Foi Diretora da Federação Mineira de Cinofilia. É editora do "Seu Buldogue Francês", o maior blog do mundo sobre buldogues franceses, e de todas as mídias sociais que levam esse nome. É palestrante e consultora sobre bem-estar e comportamento canino. Além disso tudo, é perdida e irremediavelmente apaixonada por frenchies.

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