Todas as vezes que pensamos em um cão alérgico, a primeira imagem que nos vem à cabeça são os inchaços (edemas) na pele e nos olhos, como o que aconteceu com o frenchie desta foto:

Imagem da nossa leitora Vanessa Carvalho
Entretanto, a alergia tem diversas maneiras diferentes de se manifestar. Um exemplo que poucas pessoas conhecem é o aumento da produção de muco pelas mucosas!
Um cão alérgico pode não apresentar nenhum inchaço na pele, mas pode ter bastante muco nas fezes, produzido pelas mucosas intestinais. Esse muco aumentado é terreno fértil para o crescimento de vários micro-organismos, inclusive aquele que provoca a giardíase e que é um oportunista, residente natural do intestino dos cães. Portanto, quando um cão apresenta giardíases repetidas ou outros problemas intestinais que “nunca” se resolvem mesmo com medicação, deve-se desconfiar da sua alimentação.
Outro sinal bastante comum são as otites de repetição. Em cães alérgicos, a mucosa dos ouvidos passa a produzir secreções que são terreno fértil para o desenvolvimento de fungos e bactérias. Meus próprios cães foram vítimas desse problema  enquanto eram alimentados com rações industrializadas (super premium). Otites por malassezia (um tipo de fungo) eram frequentes por aqui e meu estoque de miconazol era infinito por causa disso. Isso também pode acontecer com a pele. Portanto, quando um cão sofre de infecções recorrentes de pele e/ou ouvidos, alergia deve ser fortemente considerada.
Isso pode acontecer em TODAS as mucosas e com a pele! Costumamos ver muito os tutores se queixando de dobrinhas assadas (seguidas de infecção ou não), em seus buldogues franceses: essas assaduras são um reflexo da alteração das secreções da pele, da lágrima ou da saliva Muitas vezes, a infecção é apenas um sintoma de um problema alérgico de base que nem sempre é diagnosticado. Quando o diagnóstico da alergia não é feito, o tutor passa a vida tratando as infecções do seu cão de forma recorrente e nunca tem o problema realmente solucionado. .
Por isso, é importante observar o aspecto das fezes (não deve ter muco), cheirar a pele (mau cheiro frequente na pele, mesmo com banhos, é sinal de desequilíbrio), observar os ouvidos (que não devem ter produção exagerada de secreção), observar o focinho (que não pode viver “escorrendo”), observar as mucosas anal e vaginal (não devem ter cor de “pele inflamada”, nem podem estar sempre molhadas), etc.
Na dúvida, SEMPRE consulte um veterinário nutrólogo. Embora existam alergias provocadas por agentes ambientais, a maioria das alergias em frenchies são de origem alimentar. 
Infelizmente, a formação em nutrição da maioria dos veterinários clínicos ainda é muito deficiente.
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CAMILLI CHAMONE

Pós-graduada em Genética e Biologia Molecular. Foi professora universitária federal de Biologia Celular e Genética. Criou buldogues franceses. Foi membro efetivo do Conselho Disciplinar do Kennel Clube de Belo Horizonte. Foi Diretora da Federação Mineira de Cinofilia. É editora do "Seu Buldogue Francês", o maior blog do mundo sobre buldogues franceses, e de todas as mídias sociais que levam esse nome. É palestrante e consultora sobre bem-estar e comportamento canino. Além disso tudo, é perdida e irremediavelmente apaixonada por frenchies.

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