Eu poderia andar em segurança, sem risco de pisar em nenhum cocozin, no quintal.
Os tapetes da minha casa não estariam guardados.
Todas as superfícies lisas, roupas, móveis e o carro não teriam pêlo de cachorro.
Quando a campainha tocasse, minha casa não pareceria um canil.
O meu ex-marido talvez ainda estivesse por aqui. “Seus cães ou eu!” 🙂
Quando a campainha tocasse, eu poderia chegar tranquilamente até a porta, sem ficar tropeçando em corpinhos troncudos e curiosos, que sempre chegam até lá antes de mim.
Eu poderia sentar-me tranquilamente no sofá ou em minha cama, da maneira que eu quisesse, sem ter que dividir espaço com ninguém mais que quisesse confortar-se.
Eu teria dinheiro! E nenhuma culpa para sair de férias sem deixar ninguém para trás.
Eu não estaria na TOP-LIST de uns 06 (seis) veterinários – especialistas em reprodução, cirurgia, clínico geral, dermatologia, oftalmologia, etc.
Se eu não tivesse meus dogs, as palavras mais comuns de meu vocabulário nunca seriam: fica, junto, não, vem. Minha casa não teria crates como “objetos decorativos”, nem pareceria um day care center, com brinquedos espalhados para todo lado. Meu freezer teria comida para humanos. Minha bolsa conteria coisa normal de muher e não coleiras, isca para cães e saquinhos para apanhar cocô na rua.
Eu não teria que soletrar a palavra B-O-L-A.
Eu poderia aguardar a primavera ou o outono, ao invés de limpar a “temporada de lama e água” dentro de casa, das estações chuvosas.
Eu não estranharia pessoas que receiam ter 1 cão ou 1 gatinho, porque podem se apegar demais a eles.
Não é curioso o fato de que, quando se soletra, o contrário de D-O-G seja G-O-D? Nossa… que horrivelmente VAZIA minha vida seria! ]]>