Descobrir a Teoria da Evolução, foi um dos maiores feitos, não só da Genética, mas de todas as Ciências. Segundo Darwin, dentro de uma espécie, os indivíduos diferem uns dos outros. Há, portanto, na luta pela existência, uma competição entre indivíduos de capacidades diversas. Os mais bem adaptados são os que deixam maior número de descendentes. Nós, criadores de cães, não selecionamos os mais bem adaptados. Selecionamos o cão saudável e típico exemplar da raça, para passar seus genes adiante.
A seleção natural impediria buldogues ingleses, buldogues franceses e pugs de existirem! Eles não fazem monta natural e/ou geram seus filhotes por parto normal. Entretanto, essa seleção artificial imposta pelo ser humano na criação das raças caninas, acabou selecionando doenças também. A busca por frenchies cada vez mais “quadradinhos” e por dachshunds mais longos e com coluna mais reta e alinhada, predispôs ambas raças a apresentarem lesões medulares com maior frequência que outros cães de outras raças. Portanto, é importante ficar atento aos sinais das lesões medulares em frenchies, pois o diagnóstico precoce é definitivo do prognóstico do caso.
1. O cão parece sentir desconforto ou dor abdominal, mas não há febre, vômitos ou diarreia. 2. O cão prefere ficar quieto e se estimulado a andar, num período inicial do quadro, pode mancar ou apresentar fraqueza dos membros posteriores.
Em um quadro mais avançado, há paralisia dos membros posteriores.
O QUE FAZER? 1. Em caso de suspeita de lesão medular, colocá-lo no crate (caixa de transporte) para impedir que ele se movimente. NÃO carregá-lo no colo, pois a torção do corpo do animal pode piorar a lesão. 2. Transportá-lo para o veterinário DENTRO do crate e, no veterinário, explicar que os frenchies são sujeitos a lesões medulares. Desta maneira, seu vet vai manipulá-lo o mínimo possível, para não agravar a lesão.
Há vários testes neurológicos clínicos que podem ser feitos no momento da consulta.
Não é necessário radiografar o cão. Aliás, a própria radiografia seria outro esforço que poderia traumatizar ainda mais a medula e não garantir nenhum diagnóstico.
É muito importante explicar ao veterinário a predisposição da raça às lesões medulares. A maioria deles pode não estar familiariazada com as particularidades dos frenchies.
O TRATAMENTO 1. Medicação antinflamatória potente. 2. Repouso absoluto, dentro do crate. Sair apenas para fazer xixi e cocô. 3. Acupuntura e quiropraxia auxiliam muito, tanto em casos de dor, quanto como efeito antinflamatório na região do pinçamento da medula espinhal. 4. Tateando gentilmente a coluna vertebral do cão, será possível sentir que a região inflamada estará naturalmente “mais quente”. Aplicar compressas geladas 3X ao dia, nesta região. 5. Se em 24h, o quadro piorar, a possibilidade de cirurgia para reverter o pinçamento dos nervos deve ser fortemente considerada.
A mielografia é um exame radiográfico feito com a injeção de contraste no canal medular e tem por objetivo detectar o local exato da lesão. É um exame que pode agravar o quadro, por isso, deve ser feito apenas se o cãozinho for operar, momentos antes da cirurgia. 6. Passadas 72h do momento que o cão perdeu o movimento nas patas traseiras, a cirurgia é ineficaz.
COMO EVITAR TRAUMATISMOS MEDULARES? Sabendo que a raça é predisposta a traumatismos medulares, deve-se tomar várias medidas para evitar problemas futuros: – não andar com o cão solto dentro do carro, pois, paradas bruscas, curvas bruscas, etc., podem provocar solavancos indesejados, utilize o crate;
– corrigir o hábito que seu cão tem de ficar pulando sobre as patas traseiras;
– evitar ao máximo que seu frenchie suba e desça das camas e outros móveis altos.]]>

 

 

 

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CAMILLI CHAMONE

Pós-graduada em Genética e Biologia Molecular. Foi professora universitária federal de Biologia Celular e Genética. Criou buldogues franceses. Foi membro efetivo do Conselho Disciplinar do Kennel Clube de Belo Horizonte. Foi Diretora da Federação Mineira de Cinofilia. É editora do "Seu Buldogue Francês", o maior blog do mundo sobre buldogues franceses, e de todas as mídias sociais que levam esse nome. É palestrante e consultora sobre bem-estar e comportamento canino. Além disso tudo, é perdida e irremediavelmente apaixonada por frenchies.

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