Nós conversamos bastante e você me disse que “o buldogue francês não se adaptaria ao meu estilo de vida”, porque eu e meu marido trabalhamos o dia inteiro.
Confesso que, naquela época, fiz muito mal juízo de você e, não demorou, adquiri a Francesca de outro criador.
Hoje, nossa querida Francesca está com quase 1 ano de idade e eu sei que ela não é tão feliz quanto poderia ser se estivesse com alguém que lhe desse mais atenção durante o dia. Em nossa casa, ela já destruiu muitos móveis, ainda nem conseguimos controlar as necessidades no lugar certo. Quando chegamos em casa, ela fica eufórica, não temos tranquilidade nem para comer.
Desculpe-me por este e-mail. Mas, me sinto culpada, sem saber o que fazer e a quem recorrer. Penso em adquirir uma irmãzinha para ela. O que você acha?
Obrigada,
Carolina Simões
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Olá Carolina!
Em primeiro lugar, obrigada por autorizar a publicação desta troca de e-mails aqui no blog. A solidão dos frenchies não é um problema unicamente SEU.
Adquirir outro cão será duplicar os seus problemas. Frenchies precisam de treinamento constante e persistente. Se você não estiver em casa para ensinar as lições para os cães, quem as fará? Outra coisa: é comum brigas por disputa de liderança entre frenchies. Quem estará lá se o “caldo engrossar”?
A minha filosofia é primar sempre pelo BEM ESTAR DO CÃO, acima de qualquer interesse. No caso dos frenchies, a solidão é seu pior castigo. Portanto, se você não pode oferecer sua companhia à Francesca, por que fazê-la sofrer? Por que deixá-la sozinha, amargando a solidão durante o dia e a ansiedade de tê-los durante a noite? Não acha mais justo doá-la a alguma família que tenha recursos financeiros para cuidar dela decentemente e tempo suficiente para dar-lhe atenção?
No seu lugar, se EU não pudesse contratar alguém para ficar com ela durante o dia, EU faria a sua castração (para garantir que ela não seria explorada) e EU selecionaria criteriosamente famílias que estivessem dispostas a adotá-la, deixando bem claro todas as MUITAS despesas que um frenchie trás e, no caso dela, o trabalho de treiná-la.
Amar também é isso.
Pense bem.
Abraços,
Camilli