Embora o site do Bulldog Club do Brasil não comente, já ouvi muitas vezes que o bulldog inglês era utilizado para “amaciar a carne bovina”. Ou seja, antes do momento do abate, a rês era mordida por vigorosas mandíbulas porque acreditava-se que isso tornava a carne mais macia. Paralelamente a esta atividade, o bulldog era utilizado em um esporte denominado BULL-BAITING – combate entre touros e bulldogs onde apostava-se grandes quantias de dinheiro. Eu chamaria isso de “a rinha de galo da época”. Essa passagem do Bulldog Brasil é particularmente interessante:
Com o passar dos séculos, buscou-se potencializar cada vez mais o físico e o temperamento destes cães, de formas a melhorar o desempenho nas lutas, isto acarretou uma progressiva mutação física, que resultou por fixar geneticamente anomalias que tornaram o cão mais adequado para o Bull Baiting. Patas tornaram-se curtas para rastejar melhor e assim poder esquivar-se com mais eficiência dos chifres, um recuo acentuado do focinho proporcionou um aumento do prognatismo, o que resultou numa mandíbula poderosa, um mecanismo para morder cuja a força e poder o próprio cão desconhecia.As dobras das rugas, ao redor das narinas, facilitavam o escorrimento do sangue do touro, de modo a não impedir a respiração por obstrução. O cão podia manter-se preso ao touro por muito tempo e permanecer respirando sem dificuldades. Os mais resistentes à dor, os mais destemidos e ferozes, eram separados seletivamente para a reprodução. Gerações e gerações foram acentuando o perfil de um cão que ganhou, nos quatro cantos do mundo, a fama de ferocidade inigualável. Esta seleção permitiu obter, através dos séculos , um cão com características físicas e psíquicas excepcionais.
Em 1835, o parlamento britânico promulgou uma lei proibindo o combate de cães.
E aí começa outra história dos bulldogs ingleses. Que colaborou com o surgimento dos franceses.