Olá Camilli,


comprei um filhote de bulldog francês, ele está com 7 meses e ele foi diagnosticado com sarna demodécica há um mês, após uma enorme peregrinação em muitos veterinários que não conseguiam resolver o problema dele.
O proprietário do canil dele me disse que nunca teve nenhum caso de sarna demodécica no canil dele e que os pais também não tem este problema.
Mas, sei que a sarna demodécica é genética e gostaria de saber quais testes você recomenda fazer nos pais dos meus filhotes para que eu saiba se eles são doentes.


Obrigada,


Maria Helena –//–
Prezada Maria Helena, sarna demodécica é, sem dúvida alguma, o tema mais polêmico e controverso da dermatologia veterinária. Sabe-se que ocorre em todas as raças caninas e também nos cães multirraças (vulgo vira-latas), não tem predileção por sexo, ocorre no primeiro ano de vida e raramente recidiva após essa idade, depois de tratada. Nos cães adultos, a ocorrência está ligada à baixa de imunidade provocada por outras doenças sistêmicas, como câncer, leishmaniose, diabetes, etc. As causas da sarna demodécica não foram compravadas, mas, como é uma doença que ocorre principalmente no período em que a imunidade do cão está flutuante, crê-se que esteja ligada a este fator.
Acredita-se que a sarna demodécica tenha um fator genético que predisponha o cão à doença, mas certamente, essa doença não segue padrões mendelianos e ainda não se sabe como essa herança ocorre. Segundo a literatura científica, muitos fatores precisam co-existir para que a doença se manifeste, ou seja, essa é uma doença multifatorial. Tudo que colapse o sistema imunológico serve como fator desencadeante da doença, por isso, não raro, a SD ocorre em período vacinal e/ou pós vacinal imediato, situações de stress, uso de corticóides, etc. A maneira de fazer o diagnóstico em cães é através do exame de raspado de pele nos locais próximos à lesão de um cão com sarna demodécica.
E, não necessariamente um filhote com a doença terá pais doentes.
Inclusive pode acontecer desses dois pais voltarem a acasalar com outros cães de estrutura genética diferente e nunca mais voltarem a ter filhotes com SD. Muitas vezes, a questão problemática pode ser justamente na combinação dos genomas dos pais do seu filhote. De qualquer maneira, sugiro-lhe calma!
Por alguma razão, tornaram a sarna demodécica um grande e horrível monstrão, quando há doenças dermatológicas que são realmente horrorosas e incuráveis. Dê notícias! Abraços, Camilli OBS: Não recomendo a reprodução de NENHUM frenchie com problemas dermatológicos. A raça já é predisposta a estes males, não deve-se facilitar, acasalando cães com alta predisposição a problemas de pele.]]>

 

 

 

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CAMILLI CHAMONE

Pós-graduada em Genética e Biologia Molecular. Foi professora universitária federal de Biologia Celular e Genética. Criou buldogues franceses. Foi membro efetivo do Conselho Disciplinar do Kennel Clube de Belo Horizonte. Foi Diretora da Federação Mineira de Cinofilia. É editora do "Seu Buldogue Francês", o maior blog do mundo sobre buldogues franceses, e de todas as mídias sociais que levam esse nome. É palestrante e consultora sobre bem-estar e comportamento canino. Além disso tudo, é perdida e irremediavelmente apaixonada por frenchies.

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