Entretanto, por ironia do destino, precisei auxiliar em um parto natural – foi o parto de um cocô.
Estranho, né? Mas é a mais pura verdade.
Eu raramente compro pescoço de peru como meaty bone, porque não dá para oferecer os pescoços inteiros para os frenchies – e cortar aqueles pescoções e barra pesada! Mããããsss, os frenchies amam quando eu compro e ofereço o pescoção picadinho.
O problema é que o Leo amou mais do que deveria… comeu toda a tigela dele (280g) e mais os meaty bones que sobraram dos filhotes. Neste dia, recusou sua porção de carne (que foi devorada pelos filhotes). No dia seguinte, a mesma coisa aconteceu.
Resultado dessa festa? Leo ficou “trancado”.
Só para se ter uma idéia da gravidade da situação, ele e o Tigre estavam soltos juntos e Tigre nem ousou chegar perto dele para impôr a sua soberania (coisa que nunca acontece)… ficou, de longe, observando a cena constrangedora, com cara de piedade.
O jeito era fazer o parto do cocô. Calcei minhas luvas odontológicas descartáveis, lambrequei a luva com Nujol e pus-me a observar.
A apresentação do corpo era transversa, por isso o nascimento não acontecia, apesar das múltiplas contrações. Como não havia progressão da expulsão, vi que era necessário utilizar uma manobra para mudá-lo para uma posição apropriada. Era o que faltava! A insinuação do corpo ocorreu facilmente e com isso, a descida rápida de todo o conteúdo restante.
Nunca vi Leo tão aliviado. Olhou pra mim com a maior cara de alegria, pôs-se a correr, a pular e.. tibum, pisou sobre o corpo e esfarelou-o em milhares de pedacinhos. Tudo virou pó.
Do pó vieste ao pó retornarás.