la ville Chamonix, na França, fiquei encantada com a quantidade de cães que circulava nas ruas (de coleira), nos restaurantes, nos hotéis.
Por outro lado, quase não vi crianças.
Era uma cidade encantadora, mas só de adultos e cães. Daquela época para os dias de hoje, percebo que no Brasil, as pessoas também estão tendo mais cães e menos filhos. Ou tendo cães antes de terem filhos.
Bem, não quero me delongar nesse tópico, o que quero dizer é que, cada dia há mais cães de companhia, nas famílias brasileiras. Mas, infelizmente, a maioria dos hotéis não aceita cães.
A vigilância sanitária não permite que no interior dos bares e restaurantes os cães entrem, exceto os cães-guias.
Nossos lindos au-aus não podem passear nos shoppings-centers.
Não podem voar dentro das cabines dos aviões.
Não podem entrar dentro dos elevadores de um edifício público.
Não podem… não podem… não podem…
A lista de “não podem” é enorme.

De quem é a culpa?
Do Secretário Municipal de Saúde que deveria questionar com o Secretário Estadual de Saúde, que questionaria os diretores da Vigilância Sanitária, que por sua vez, passaria a batata quente para o Ministro da Saúde???? Provavelmente, todas essas pessoas nasceram antes da década de 70, passaram pelo movimento dos caras-pintadas, o fim do governo militar, inflações galopantes, o incêndio do edifício Joelma, as forças ocultas que depuseram o Presidente Jânio Quadros, o 2º lugar de Martha Rocha no concurso Miss Universo… Nasci na década de 70 e nunca vivenciei uma atitude, na escola formal, de preservação adequada da vida animal.
As consequências disso são notórias, hoje em dia: há várias espécies brasileiras em extinção, por falta de orientação, falta de educação de base – são os tamanduás, peixes-bois, cervos, micos-leões, espécies da flora, etc. Há muitos vira-latas, porque muitas pessoas nunca se preocuparam em castrar seus cães e pior, nem sabem, o que significa “castrar”.
Também, nunca vi no Jornal Nacional (o jornal mais visto pela população), GloboNews ou qualquer outro meio de comunicação, notícias vinculadas ao assunto – exceto no que se refere, atualmente, aos animais em extinção. Portanto, “não importar com a questão animal ou não saber lidar com a questão animal” é mesmo cultural no Brasil.
Porque essas pessoas que estão administrando nosso país, são nossos contemporâneos ou quase contemporâneos. Pensam como a grande maioria das pessoas de seu próprio nível econômico-social ou nem pensam sobre o assunto. Mas, e o que as pessoas que gostam de seus pets pensam?
(depois de algum tempo conversando com pretendentes a proprietário e proprietários de cães, descobri alguma coisa) 1 – A maioria das pessoas que tem um cão, o trata e o ama como um integrante da família.
2 – Elas gostariam que seu cão pudesse frequentar lugares públicos, como hotéis, bares e restaurantes.
3 – Muitos deixam de viajar para lugares onde seu cão não possa ir.
4 – A maioria é vigilante com vacinas e vermífugos.
5 – A minoria concordaria em castrar seu cão. Bem, o item 5 é aquele que difere a nossa mentalidade, da mentalidade dos proprietários de cães de países que permitem o livre acesso de cães a todos os lugares. Cães não castrados não devem frequentar todos os ambientes públicos. Seria muito inconveniente!
Machos tenderão a marcar o território onde se encontram. Esse é o comportamento natural deles, não há como evitar isso.
Fêmeas não poderão sair de casa 1 mês antes do cio, no cio e 1 mês depois do cio (o odor permanece) – ou provocarão brigas/disputas terríveis entre os machos não castrados. A triste realidade é que, enquanto a mentalidade tupiniquim de que “castrar=mutilar” ou de que “tenho que tirar pelo menos uma cria para compensar o que paguei” permanecer, nada vai mudar.
A mudança de atitude e de mentalidade tem que partir, primeiramente, de cada um de nós.]]>

 

 

 

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CAMILLI CHAMONE

Pós-graduada em Genética e Biologia Molecular. Foi professora universitária federal de Biologia Celular e Genética. Criou buldogues franceses. Foi membro efetivo do Conselho Disciplinar do Kennel Clube de Belo Horizonte. Foi Diretora da Federação Mineira de Cinofilia. É editora do "Seu Buldogue Francês", o maior blog do mundo sobre buldogues franceses, e de todas as mídias sociais que levam esse nome. É palestrante e consultora sobre bem-estar e comportamento canino. Além disso tudo, é perdida e irremediavelmente apaixonada por frenchies.

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