Aviso legal: este post consiste no relato da minha própria experiência com a alimentação natural crua com ossos para cães braquicefálicos, desde 2008. Antes de colocar em prática as sugestões deste texto, consulte um médico-veterinário nutrólogo. 

Desde 2008, alimentamos todos os nossos buldogues franceses, inclusive filhotes em desmame, com a alimentação natural crua com ossos. 
Frenchies com 30 dias de idade comendo sardinha crua
A oferta de meaty bones (ossos carnudos crus) começava por volta de 30 dias de idade: oferecíamos pedaços inteiros de dorso de frango (sob supervisão) e deixávamos que eles o usassem como ossos recreacionais. Aos poucos, à medida que ganhavam força mandibular, os filhotinhos iam tornando-se cada vez mais aptos a dilacerar os pedaços de ossos carnudos e tornavam-se verdadeiras maquininhas trituradoras de meaty bones.
Frenchies com 60 dias de idade comendo meaty bones
Importante: usávamos basicamente dorso e pescoço de frango. Não oferecíamos ossos longos, como coxa de frango, sobrecoxa, pés, etc.
Foram várias ninhadas sendo desmamadas exclusivamente com alimentação natural crua com ossos e percebemos notavelmente que buldogues franceses que foram desmamados com ossos carnudos tinham maior habilidade para lidar com os meaty bones que os cães que começaram a comê-los em idade adulta. Acreditamos que a razão por trás disso reside no fato de que cães que sempre comeram ração não apredem a mastigar com eficiência (eles engolem o grão de ração praticamente inteiro mesmo) – por isso, a transição para uma dieta com ossos deve ser feita com muita supervisão e cuidado, não importando a raça do cão.
A introdução dos meaty bones na dieta dos cães adultos foi muito gradual. Incialmente, oferecíamos os ossos martelados (dorso de frango ou pescoço de frango), mas não deixávamos que eles comessem sozinhos: nós segurávamos o osso, enquanto eles o mastigavam, para que pudessem entender que o osso precisava ser triturado na boca, antes de ser engolido. Somente após mastigarem bastante, nós soltávamos o osso e permitíamos que eles engolissem.
Quando eles já estavam ávidos mastigadores dos ossos martelados,  nós oferecíamos pedaços de ossos não martelados. Infelizmente, não há receita pronta que explique quanto tempo dura esse processo! Há cães que aprendem a mastigar ossos rapidamente, outros precisam de mais tempo e há, ainda, aqueles que não aprendem a mastigar nunca – eles simplesmente colocam a comida na boca e querem engoli-la “de qualquer jeito” (a esse cão, os meaty bones são totalmente contraindicados). A palavra certa, quando se fala em introduzir ossos carnudos na dieta dos cães, é bom senso.

Nosso Bentinho começou a comer ossos crus assim que chegou a nossa casa, por volta dos 4.5 meses de idade, e seguimos o protocolo certinho: primeiro oferecemos o pescoço de frango martelado e, quando ele já estava “craque”, paramos de martelar. Com o passar do tempo, descobrimos que Bento é alérgico a carne de frango e a substituimos os meaty bones de frango pelos de peru, codorna e parto.
Pela dificuldade de achar pato e codorna, o pescoço de peru vem sendo o meaty bone mais frequente na dieta no nosso Bento. Por ser um meaty bone bastante duro, nós optamos por picá-lo em pedaços pequenos antes de o oferecermos.
Apesar de comer ossos há mais de 1 ano, Bento não é um exímio triturador de meaty bones. Por isso, apenas oferecemos ossos picados ou mais macios a ele.
IMPORTANTE: ossos devem ser oferecidos sempre CRUS. O cozimento altera a estrutura do cológeno (uma proteína presente nos ossos) e faz com que eles lasquem e formem pontas em lança quando se partem. Existe o risco real de um osso prefurar o esôfago, o estômago ou os intestinos se for ingerido cozido/assado/frito.

 

 

 

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CAMILLI CHAMONE

Pós-graduada em Genética e Biologia Molecular. Foi professora universitária federal de Biologia Celular e Genética. Criou buldogues franceses. Foi membro efetivo do Conselho Disciplinar do Kennel Clube de Belo Horizonte. Foi Diretora da Federação Mineira de Cinofilia. É editora do "Seu Buldogue Francês", o maior blog do mundo sobre buldogues franceses, e de todas as mídias sociais que levam esse nome. É palestrante e consultora sobre bem-estar e comportamento canino. Além disso tudo, é perdida e irremediavelmente apaixonada por frenchies.

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