Professor da PUC-Minas responde sobre a Leishmaniose Visceral 
Dr. Vitor Ribeiro é graduado em Medicina Veterinária pela Escola de Veterinária da UFMG em 1980; mestre em Medicina Veterinária Preventiva; doutor em Parasitologia Veterinária; Professor de doenças infecciosas do Instituto de Medicina da PUC – Betim – MG; atua em clínica médica e cirurgia geral, ortopédica e neurológica em pequenos animais.
CRMV-BA: Qual a situação da leishmaniose no país?
Dr. Vitor Ribeiro: A leishmaniose visceral vem expandindo de forma preocupante. Nos centros urbanos a distribuição da infecção em cães preocupa-nos intensamente. Temos tido informações de que a prevalência de cães sororeagentes é crescente, sobretudo naqueles que vivem pelas ruas. Outros animais têm sido encontrados naturalmente infectados pelaLeishmania infantum, como gatos, gambás, roedores, bovinos e canídeos silvestres. Nenhum programa de controle tem sido desencadeado de forma sistemática para controlar essa situação.
CRMV-BA: A preocupação do governo brasileiro com a doença é voltada basicamente para os seres humanos. Por que não há o interesse com a causa animal?
Dr. Vitor Ribeiro: Creio que isso vai pelo posicionamento ético dos atuais dirigentes. Vejo com tristeza que os programas oficiais de controle da leishmaniose visceral não se preocupam com a vida animal. Não acredito que priorizar a vida humana implica em desvalorizar a vida animal. Lamento que os cães sejam mortos com testes diagnósticos questionáveis, lamento que o canicídio seja mantido em nosso país, apesar das evidências de que tal postura não tem suporte cientifico ou resultados que a sustentem. Espero que os órgãos de classe fiquem atentos e defendam a sociedade dos erros que tem levado a morte milhares de cães. Cabe aos veterinários defender a vida humana através da defesa da vida animal.
CRMV-BA: Se a leishmaniose é mais letal – comparativamente – que a dengue, por que não há campanhas contra a doença?
Dr. Vitor Ribeiro: É difícil de explicar. Os atuais responsáveis pelo controle da leishmaniose visceral estão devendo a nação explicações. É bom que a sociedade seja esclarecida sobre como se é feito saúde pública em nosso país e se manifeste exigindo receber em troca o que paga de impostos. É preciso praticar nesse país saúde com qualidade, sem se preocupar em se fazer o mais barato e, quase sempre, o menos eficiente.
CRMV-BA: O que deve ser feito para conter a propagação da doença?
Dr. Vitor Ribeiro: Educação em saúde, conforme nos ensinou bem Paulo Freire. Para tanto se deve estabelecer saúde como prioridade orçamentária. Hoje, se apresenta como ferramentas específicas para o controle da leishmaniose visceral, o controle do vetor, o uso de vacinas na população canina, o investimento na educação da posse responsável, o manejo ambiental para evitar expansão descontrolada dos vetores. Enfim, fazer da saúde prioridade nacional.
CRMV-BA: – Existe solução para o problema da leishmaniose?
Dr. Vitor Ribeiro: Claro! Sobretudo se a sociedade se unir para resolver esse problema e se as pessoas responsáveis pelo seu controle nos órgãos públicos buscarem educar e comunicar ao invés de determinar sem respaldo científico e ético.

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CAMILLI CHAMONE

Pós-graduada em Genética e Biologia Molecular. Foi professora universitária federal de Biologia Celular e Genética. Criou buldogues franceses. Foi membro efetivo do Conselho Disciplinar do Kennel Clube de Belo Horizonte. Foi Diretora da Federação Mineira de Cinofilia. É editora do "Seu Buldogue Francês", o maior blog do mundo sobre buldogues franceses, e de todas as mídias sociais que levam esse nome. É palestrante e consultora sobre bem-estar e comportamento canino. Além disso tudo, é perdida e irremediavelmente apaixonada por frenchies.

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