Nossa leitora Leynara Kayane Roncalio mudou-se para Duluth, uma cidade no estado da Georgia, nos Estados Unidos, levando suas frenchiezinhas à tiracolo, e nos conta como é viver por lá!

Obrigada pela sua gentileza em contribuir com esse post, Leynara!

Leynara, seu marido e as lindezas Lola e Valentina, que acompanharam o casal na mudança para os Estados Unidos.



1) Existem leis que exigem microchip, castração ou punem caso o tutor deixe o cocô na rua?

 R: O microchip é obrigatório para emissão do CZI (Cerificado Zoosanitário Internacional). Sem esse documento você não pode sair do país com seu animal de estimação.

A castração não é obrigatória mas o governo incentiva o controle populacional oferecendo campanhas de castração a baixo custo. Além disso, pessoas de baixa renda, idosos e deficientes tem direito a isenção de pagamento para a castração de seus animais de estimação.

As leis de posse responsável aqui são bastante duras e eficientes. Se um tutor for suspeito de maus tratos ou abandono, pode ser punido com multa de US$500,00 mais prisão de 6 meses

Em relação aos rejeitos (xixi e cocô), eu desconheço leis que falem exatamente sobre isso. Aqui é mais uma questão de educação mesmo, e funciona. Sempre existem os mau educados que deixam, mas se alguém vir isso acontecendo chama a atenção mesmo, faz a pessoa passar a maior vergonha na frente dos outros. Por incrível que possa parecer, os parques são os locais mais limpos, mesmo sendo áreas públicas e mantidas pelo município. As pessoas não querem estender a toalha e deitar em cima de cocô, então todos tem essa consciência e ajudam a manter o local. O município contribui instalando pontos com sacolinhas para recolher. Nos parques existem vários distribuídos.


2) Qualquer pessoa pode reproduzir seu cão e vender os filhotes?

R: Isso é mais ou menos como no Brasil. As pessoas podem criar e vender. Se quiser emitir o Pedigree, é necessário registro. A diferença é que aqui as pessoas levam mais a sério as questões dos maus tratos. Então se a pessoa vai comprar um filhote e desconfia das condições, ela denuncia e a polícia vai checar. A grande maioria dos criadores de “fundo de quintal” acaba não conseguindo desenvolver um comércio de animais tão precário, como ainda acontece no Brasil, infelizmente.


3) Vocês pagam imposto para poderem ter um cão?

R: Não. O governo não cobra nenhuma taxa para que se possa ter um animal. As únicas taxas que você precisa pagar aqui são se você estiver em uma moradia alugada. Por exemplo, quando você muda para cá e vai morar em um apartamento ou casa alugados, você precisa pagar um “Pet Fee” (taxa pet) para o condomínio. Essa taxa não é reembolsável, varia de acordo com as regras de cada condomínio e serve para cobrir  despesas de limpeza possíveis danos causados na casa/apartamento causados pelo pet ao final do contrato de aluguel (um rodapé roído, por exemplo).

Além desse Pet Fee, cada condomínio estipula um valor fixo mensal por pet para manutenção das áreas comuns (assim como tem taxa de manutenção da piscina, por exemplo). Essa taxa normalmente é bem acessível, cerca de 5 a 10 dólares por pet/mês. 

Muitos condomínios ainda contam com um parque exclusivo para moradores, sem nenhuma taxa extra. Nestes parques você pode tirar a coleira dos animais e eles podem interagir com os outros.
Se você vier para morar em casa própria, essas taxas não são aplicadas.


4) Como é o acesso dos cães a bares, restaurantes e outros locais públicos?

R: É excelente. São pouquíssimos os locais onde animais não são permitidos. Praticamente todos os bares e restaurantes que tem área externa – com aquelas mesinhas pelo lado de fora do restaurante (que pode ser uma área coberta – tipo varanda, ou aberta), permitem animais desde que estejam na coleira e sejam sociáveis.

A aceitação de cães em locais públicos depende muito da região dos Estados Unidos em que você está. Aqui na Geórgia, a maioria dos parques públicos são abertos a animais de estimação nas mesmas condições (coleira e ser sociável). Os parques tem grandes gramados onde as pessoas estendem toalhas e fazem piquenique.


5) Há muitos cães abandonados?
R: Existem muitos animais em centros de adoção, como a SPCA por exemplo. Mas você NUNCA vê um animal andando pela rua. Aqui existem animais abandonados, mas não animais de rua. Quando você vê um animal andando sozinho na rua (estou aqui há mais de um ano e nunca vi um se quer), você entra em contato com um destes centros de resgate e eles imediatamente recolhem. Após esse processo, os animais passam por avaliação de um veterinário, vacinas, vermífugos e controle de pulgas e carrapatos. Somente depois destas etapas, são encaminhados para adoção.


6) o que vc percebe de maior diferença com ter cães no Brasil?
R: Duas coisas me chamam a atenção e as diferenças me saltam aos olhos quando visito o Brasil. A primeira é a quantidade de animais na rua. Depois que você vive um tempo aqui isso fica natural (não ver animais na rua). É desesperador quando estamos no Brasil e vemos tantos animais correndo no meio dos carros e comendo lixo. 

A segunda coisa é o jeito como os animais são inseridos nas famílias. Aqui eles são de fato, membros da família. Desde ficar dentro de casa com os donos, ao tratamento veterinário prestado. Nós já tratávamos nossas meninas como filhas, mas no Brasil sempre via pessoas me olhando “torto” por isso, como se eu fosse doente em abraçar e beijar elas. Aqui, quando vou passear com elas nos parques, as mães trazem as crianças pra passar a mão na Lola e na Valentina e acham o máximo quando elas pulam nas crianças, lambem e ficam doidas em brincar. É a maior festa. Essa cultura de amor e carinho aos animais já é inserida desde o berço, até mesmo em famílias que optam por não ter animais. Isso me encanta aqui!




Lola e Valentina nos parques americanos.









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CAMILLI CHAMONE

Pós-graduada em Genética e Biologia Molecular. Foi professora universitária federal de Biologia Celular e Genética. Criou buldogues franceses. Foi membro efetivo do Conselho Disciplinar do Kennel Clube de Belo Horizonte. Foi Diretora da Federação Mineira de Cinofilia. É editora do "Seu Buldogue Francês", o maior blog do mundo sobre buldogues franceses, e de todas as mídias sociais que levam esse nome. É palestrante e consultora sobre bem-estar e comportamento canino. Além disso tudo, é perdida e irremediavelmente apaixonada por frenchies.

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