Por que a leishmaniose me interessa? – Porque é doença endêmina na Grande BH;
– Porque está se alastrando para o Brasil;
– Porque o surto de leishmaniose canina precede o surto de leishmaniose humana, segundo dados epidemiológicos;
– Porque a maioria das pessoas é desinformada sobre o tema;
– Porque dividir o conhecimento é a maior maneira de multiplicá-lo. As discussões sobre tratamento X eutanásia de cães doentes são sempre inflamadas.
Os representantes dos orgãos públicos defendem a eutanásia e possuem razões que sustentam essa prática.
Os veterinários defendem o tratamento, para casos indicados.
E os leigos ficam perdidos no meio do tiroteiro.
Ontem li essa postagem em um forum, de uma pessoa leiga, e gostaria de postar aqui os comentários feitos a seu respeito e fazer meus próprios comentários: POST:
Mesmo que se exterminasse todos os cães do País o problema não acabaria.
Roedores podem, assim como o cão, servirem de hospedeiros.
Porque não é o cão que transmite a doença para o homem, É O MOSQUITO! Se querem acabar com as doenças matando os doentes, porque não jogamos bombas nos hospitais?????????
Então, vamos tratar dos animais, porque eles merecem ser tratados com dignidade.
COMENTÁRIO FEITO POR MÉDICO VETERINÁRIO:
Concordo com você. Deveriam combater o vetor da leishmaniose, mas há uma particularidade. O Lutzomyia longipalpis não se desenvolve na água parada e limpa, mas em matéria orgânica. Além disso, as larvas migram pelo terreno, o que dificulta a sua localização. Deve-se considerar também que grande parte dos inseticidas são ineficazes contra esse vetor. Se já é difícil controlar o vetor da Dengue, imagina o da Leishmaniose! Acredito que a comunicação e a educação em saúde, a vacinação em massa e o estímulo à posse responsável sejam boas ferramentas para se controlar essa zoonose. Deveriam reduzir a taxa de natalidade canina também. A Organização Mundial de Saúde preconiza um cão para cada dez homens e isso está longe de ocorrer no Brasil. A presença de cães errantes também aumenta a incidência da leishmaniose. Os métodos diagnósticos disponíveis ainda devem ser aprimorados, porque há grande número de falso-positivos e de falso-negativos também. Enfim, o problema é muito mais complexo do que se parece. Para cada item citado acima, poderia ser escrito um capítulo de livro e, ainda assim, não seria satisfatório. O mais importante neste momento é fazer a nossa parte de forma honesta e responsável; conscientizar amigos e vizinhos; manter um bom relacionamento com médicos veterinários; fazer exames periódicos, encarar as causas e os efeitos.
MEU COMENTÁRIO:
O comentário deste vet foi perfeito, na minha opinião!
É muito importante que cada um de nós faça a nossa parte.
Aliás, você já levou seu cão ao vet para fazer os testes para leishmaniose? Já vacinou? Já colocou a coleira Scalibor? Já castrou? Já limpou seu terreno?
Todas essas medidas estão ao alcance de cada um de nós e impedem o avanço da doença. É preciso, também, saber que o tratamento não é simples. Não há cura para a leishmaniose, o objetivo do tratamento é fazer com que o cão NÃO transmita a doença. Isso é possível SIM!
Entretanto, o proprietário deve estar totalmente comprometido com o tratamento do cão, até o último dia de sua vida.
Estar comprometido significa mantê-lo sob vigilância do veterinário, mantê-lo dentro de casa com uso de coleira repelente, repelente nas tomadas enquanto estiver na fase de transmissibilidade, para que este cão não se torne um problema social.
Por isso, o tratamento não é para qualquer cão. Meu pai, recentemente, teve que eutanasiar 3 de seus cães, porque estavam com leishmaniose. Estes cães usavam sua casa como “albergue”. Eram vira-latas adoráveis, que apareciam lá para comer, se abrigar da chuva, dormir e, agradecidas, chegamos a conclusão que faziam a ronda da casa. Não deixavam que nenhum estranho de lá se aproximasse. Tinham loucura pelo meu pai e foi muito difícil tomar a decisão de eutanasiá-las – já foi impossível mantê-las em repouso, dentro de casa, no pós-operatório da cirurgia de castração.
Mas, para tratá-las, elas deveriam ser mantidas dentro de casa, fechadas em um ambiente onde mosquitos não a picassem até que saissem da fase da transmissibilidade. Além disso, não poderiam mais viver nas ruas, pois as doenças transmitidas pelo carrapato diminuem a imunidade do cão e podem fazer com que ele volte a transmitir a leishmania.
Conclusão: seria impossível tratá-las.
O tratamento é para os cães que podem. Bem, mas o importante nisso tudo é: Você já fez a parte que lhe cabe para impedir que o problema tome proporções piores?

Leishmaniose canina e humana
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CAMILLI CHAMONE

Pós-graduada em Genética e Biologia Molecular. Foi professora universitária federal de Biologia Celular e Genética. Criou buldogues franceses. Foi membro efetivo do Conselho Disciplinar do Kennel Clube de Belo Horizonte. Foi Diretora da Federação Mineira de Cinofilia. É editora do "Seu Buldogue Francês", o maior blog do mundo sobre buldogues franceses, e de todas as mídias sociais que levam esse nome. É palestrante e consultora sobre bem-estar e comportamento canino. Além disso tudo, é perdida e irremediavelmente apaixonada por frenchies.

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