Antes de comerçar a falar sobre esse tema, responda: como você se sentiria se tivesse que comer todos os dias, no café da manhã, no almoço e no jantar, de janeiro a janeiro a mesma coisa? Acredito que a sua resposta seja um alto e claro “Deus me livre!!!” (essa seria a minha resposta também!). Pois então, pense bem: se nós não toleraríamos a monodieta por muito tempo, porque insistimos em empô-la aos nossos cães? 
Avançando mais as refexões sobre esse assunto, questiono: qual animal carnívoro (cães são biologicamente carnívoros), em ambiente natural, se alimenta sempre da mesma forma, todos os dias? Não conheço nenhum – e você?
Se o problema fosse pontual, até poderia pensar que o problema é com o cachorro. Mas, não… ao longo de todos esses anos blogando, centenas de pessoas me escreveram com essa mesma queixa. Começo a pensar que o problema não são os cães!
Há mais de 10 anos, também já fui vitimada por esta mesma questão, quando alimentava meus frenchies com ração: eles se recusavam a comer. Era bastante frustrante… pagávamos caro, pelas consideradas as “melhores do mercado” e, mesmo assim, os cachorros faziam greve de fome. Por causa das greves de fome, nos víamos obrigados a cozinhar carnes e caldos, para misturar à ração, e tentar torná-la mais apetitosa – às vezes, funcionava… às vezes, os buldogues simplesmente catavam as carnes e deixavam a ração de lado.
Naquela época, como o meu conhecimento sobre o universo do comportamento canino era limitado, acabava acreditando que as greves de fome eram “pirraças” e, algumas (poucas) vezes cedi à sugestão de alguns médicos veterinários: deixe passar fome! Resultado: meus cães emagreciam a olhos vistos e se rendiam a poucos grãos de ração, no momento da fome desesperadora.
A partir de 2008, isso mudou! Passamos a alimentar nossos buldogues franceses com alimentação natural (AN) e as “greves de fome” nunca mais aconteceram. A alegria e a enorme disposição que eles sentiam para se alimentar foi uma enorme motivação para nós – nunca mais sobrou comida na tigela! (se esse fosse o único benefício da  AN, já teria valido a pena a mudança!)
Desde então, são 10 anos de alimentação natural para todos os nossos buldogues franceses. São 10 anos de “que horas chega o rango?” São 10 anos de “eba, o rango chegou!
Então, se você me diz: socorro, meu cão não quer comer ração! O que eu faço? Minha resposta será: escute o seu cachorro e respeite a preferência alimentar dele! Ele está contando claramente a você que não aguenta mais comer a mesma coisa, todos os dias! Falta apenas você escutá-lo.
Comer bem não é apenas uma questão de estar nutricionalmente bem alimentado. Ter prazer em se alimentar também faz parte do comer bem.
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CAMILLI CHAMONE

Pós-graduada em Genética e Biologia Molecular. Foi professora universitária federal de Biologia Celular e Genética. Criou buldogues franceses. Foi membro efetivo do Conselho Disciplinar do Kennel Clube de Belo Horizonte. Foi Diretora da Federação Mineira de Cinofilia. É editora do "Seu Buldogue Francês", o maior blog do mundo sobre buldogues franceses, e de todas as mídias sociais que levam esse nome. É palestrante e consultora sobre bem-estar e comportamento canino. Além disso tudo, é perdida e irremediavelmente apaixonada por frenchies.

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