O que é um “teste genético”?
Pode ser definido como “teste genético” qualquer exame laboratorial que possibilite a análise de DNA, RNA, cromossomos, proteínas e certos metabólitos do indivíduo, com o objetivo de detectar a presença de material genético que pode estar (ou não) relacionado às doenças genéticas e hereditárias em geral.
Qual a diferença entre um “teste genético” e qualquer outro exame diagnóstico laboratorial?
Os “testes genéticos” diferem em inúmeros aspectos dos exames rotineiros de análises clínicas ou outros meio diagnósticos, mas a principal característica será exemplificada abaixo: Veja,  por  exemplo, os resultados maravilhosos da série vermelha do hemograma de um de nossos cães (alimentado com AN!):


Todos sabemos que estes valores são passivos de mudanças ao longo da vida do cão, quer por questões de doenças, quer por questões fisiológicas, como, por exemplo, idade.
Agora veja a identificação genética de um de nossos cães:

O resultado deste exame é imutável. Meu cão nasceu com estes dados genéticos e morrerá com eles.
Qual a importância de um “teste genético”?
Estes exames são considerados diagnósticos ou preditivos.
Como o termo já indica, os testes diagnósticos permitem confirmar uma suspeita clínica e são indicados na presença de sintomas sugestivos de determinado problema de saúde.
Testes considerados preditivos, por sua vez, tem enorme importância em um programa de melhoramento genético animal. Clicando aqui, você verá que é possível avaliar as características genéticas de um cão conforme a cor da pelagem, estrutura do pelo e várias doenças genéticas.
No mundo canino, existem testes genéticos exclusivamente para doenças monogênicas. Isso limita bastante a atuação de um programa preventivo, mas já é uma boa ajuda!
Como isso se aplica na prática?
Vocês se lembram dos cruzamentos Aa X Aa do ensimo médio? 
A = alelo normal
a = alelo para a doença
Deste cruzamento, temos 25% de chances de obter um filhote AA (normal), 50% de chances de obter um filhote Aa (normal) e 25% de chances de obter um filhote aa (afetado para a doença).
Traduzindo em genetiquês:
O conhecimento da condição genética dos cães impede que doenças autossômicas recessivas sejam manifestadas em uma criação.
Se o diagnóstico genético é tão bom, porque ele ainda não é feito no Brasil?
Tecnologia não falta!
Conhecimento para fazer tais testes também não! (isso eu falo com bastante conhecimento de causa porque é minha área e conheço gente boa demais!)
FALTA DEMANDA! Para uma empresa investir em apenas 01 (um) teste genético é preciso haver uma demanda de, pelo menos, 1000 (mil) exames.
No Brasil, onde temos que suar a camisa para ver um criador fazer um hemograma em uma cadela antes de acasalá-la, será que os testes genéticos seriam uma realizade? Eu adoraria poder testar geneticamente meus cães. Inclusive sei todos os caminhos que me levam a Roma  para a implantação efetiva dos testes genéticos por aqui e não hesitaria em buscá-los… mas onde estão as outras 999 pessoas interessadas em fazê-los?
Referência Bibliográfica:
– The National Institutes of Health-Department of Energy Working Group on Ethical, Legal, and Social Implications of Human Genome Research. Promoting Safe and Effective Genetic Testing in the United States. Final Report of the Task Force on Genetic Testing. Setembro de 1997. Disponível em:  http://www.nhgri.nih.gov/ELSI/TFGT_final/
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CAMILLI CHAMONE

Pós-graduada em Genética e Biologia Molecular. Foi professora universitária federal de Biologia Celular e Genética. Criou buldogues franceses. Foi membro efetivo do Conselho Disciplinar do Kennel Clube de Belo Horizonte. Foi Diretora da Federação Mineira de Cinofilia. É editora do "Seu Buldogue Francês", o maior blog do mundo sobre buldogues franceses, e de todas as mídias sociais que levam esse nome. É palestrante e consultora sobre bem-estar e comportamento canino. Além disso tudo, é perdida e irremediavelmente apaixonada por frenchies.

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