Você está chegando no blog hoje e não tem ideia de quem seja a fofa da Sookie? Por favor, dê uma lida no post Sookie Stackhouse, uma história True Blood.

Como contei, a frenchiezinha disfarçada de camundonga foi separada de sua família canina muito precocemente e, desde então, vem enfrentando uma maratona de tratamentos veterinários que impediram mais ainda a sua estimulação social. Ela é extremamente amorosa com humanos, mas, extremamente reativa com outros cães. Bem… imagine que choque seria, para ela, vir para a minha casa e ter que encarar a realidade de um bando de frenchies adultos,  folgados e muito maiores que ela? Aliás, este aspecto do temperamento dela foi bastante abordado com a veterinária homeopata Fernanda Percoraro e, acredito, deve ter influenciado na escolha da medicação.
Para diminuir o impacto emocional, principalmente no dia da chegada dela, comecei a fazer o floral de Bach Rescue, utilizado em situações emergenciais. A princípio, minha opção foi mantê-la em convivência exclusiva com Leo e Pedrita, porque são cães de temperamento muito doce e estável – irritá-los é uma árdua tarefa! Como esperado, a chegada da Sookie, para os dois, foi algo bastante tranquilo e ela foi logo matilhada com eles. Nas primeiras 24h, Sookie só saía do crate quando um humano se aproximava. Tinha pânico das feras de 4 patas (Leo e Pedrita)! E fora do ambiente dela, não ousava enfrentá-los – como fazia na sua casa com os cães que apareciam por lá.
Com 48h de “hospedagem”, já se permitiu ser cheirada pelos cães, mas estranhamente parecia não reconhecer este tipo de comunicação canina e nunca o retribuiu.
No terceiro dia, começou a brincar com Pedrita e a retribuir as brincadeiras! Desde então, as duas pulam uma sobre a outra, se mordem, se lambem, um xuxu!
Leo não interage tão diretamente com ela, talvez prefira as morenas, rs. Mas, divide benevolentemente todos os seus brinquedinhos e crate com ela!
Nos últimos dias começamos a investir em passeios diários.
Pedrita vai na guia e Sookie a acompanha bem bonitinha (e toda prosa) em sua coleira – aliás, ter um cão educado ajuda bastante na educação/socialização de um segundo! Ontem, encontramos um rapaz na rua, ele estava passeando com seu cão e quando viu as orelhudas parou para saber sobre elas. Para minha surpresa, Lady Sookie manteve-se tranquilíssima na guia, sentadinha no passeio, observando o movimento da rua. Quando a convidei para se aproximar do cão do rapaz (um virinha três vezes maior que ela), ela olhou, andou pra lá, pra cá e não ligou muito.
Isso é um mega avanço para a ex-pit-Sookie!!!! Essa semana, vamos permitir que ela conviva com toda a matilha. Todo este trabalho poderia ter sido poupado se Sookie tivesse crescido em um ambiente saudável,  junto com sua família canina até, pelo menos, os 3 meses de idade. Sookie tem muita sorte de estar tendo uma segunda chance. Mas, quantos são os frenchies que nascem diariamente nas fábricas de filhotes que não tem?
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CAMILLI CHAMONE

Pós-graduada em Genética e Biologia Molecular. Foi professora universitária federal de Biologia Celular e Genética. Criou buldogues franceses. Foi membro efetivo do Conselho Disciplinar do Kennel Clube de Belo Horizonte. Foi Diretora da Federação Mineira de Cinofilia. É editora do "Seu Buldogue Francês", o maior blog do mundo sobre buldogues franceses, e de todas as mídias sociais que levam esse nome. É palestrante e consultora sobre bem-estar e comportamento canino. Além disso tudo, é perdida e irremediavelmente apaixonada por frenchies.

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