Por exemplo, hipoteticamente, se o cão X fosse criado com ração super premium e se este mesmo cão fosse criado com a ração premium, a estrutura física seria a mesma?
A genética é mais importante que a alimentação, nesse caso?
O ponto que quero chegar é o seguinte: a alimentação de qualidade é capaz de corrigir um alteração estrutural?
Abraços e obrigado por responder.
Leonardo
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Olá Leonardo!
Segundo a Drª. Maricy Alexandrino, existe uma “classificação” não oficial, aplicada pelos fabricantes para designar a qualidade das rações: Super Premium, Premium e Standard ou de combate. Porém vale lembrar que ainda não existe legislação brasileira para adequar as rações a esta classificação adotada pelo mercado.
De acordo com a mesma Drª, rações super premium são chamadas assim pois são fabricadas com matérias primas de primeira qualidade, com ótimo aproveitamento pelo animal. Já as rações Standard ou de “combate” utilizam matérias primas de qualidade inferior. As rações premiuns são intermediárias entre super premium e standard. E o que isso significa para o animal? Quanto melhor a matéria prima utilizada, melhor será o aproveitamento do alimento pelo cão ou gato, ou seja, ele realmente utilizará todos os componentes daquele alimento pra um desenvolvimento e manutenção ideal do organismo.
O GRANDE problema é que, de acordo com as traduções que fiz na Série DFA, as rações ditas super premium, disponíveis no mercado brasileiro, contém produtos de baixa qualidade e nenhuma é recomendada por este motivo.
Hoje, entendo, porque meus cães de exposição tinham que comer, pelo menos, 500g de ração “super premium” diariamente (Proplan, Royal Canin Mini, Premier Mini Bits – já usei), para apresentar musculatura exuberante.
Questionar-me a respeito de rações, marca de rações, devo ou não utilizar rações, etc., é uma total perda de tempo. NÃO ACREDITO EM NENHUMA MARCA DE RAÇÃO DISPONÍVEL NO MERCADO BRASILEIRO. Acredito apenas no incrível apelo mercadológico que elas fazem e acho incrível a lavagem cerebral que essas empresas fizeram/fazem nos veterinários.
A propósito, quem quiser avaliar a ração que utiliza, deve ler:
Um guia para avaliar a comida de seu cão
Alimentos para cães: analisando rótulos
Com relação à genética, acredite: DNA é DNA, né? 🙂
Até onde eu saiba, alimentação saudável não vai fazer com que um frenchie que possua pais fora do padrão se torne um top-winning exemplar da raça!
E, muitas vezes, você nem precisa buscar a genealogia do cão para saber disso. Basta observá-lo… Veja bem este exemplo que coloquei para você:
O filhote da esquerda possui estrutura bem “leve”, enquanto o filhote da direita é mais parrudo e “pesado”. Com certeza, quando crescer, se você “entupir” o cão da esquerda de comida, conseguirá vê-lo mais gordo e não musculoso, como deseja.
E, EU, não acredito que BOA ALIMENTAÇÃO = ração.
Abraços!]]>