Ei vocês!

Eu juro que tento…
Mas, nem sempre consigo ser *A* simpática, quando a enxurrada de absurdos começa a ecoar do outro lado do telefone.

Quando a pessoa está mais interessada em satisfazer seus próprios desejos que preocupada com o bem-estar do cãozinho, é inútil argumentar.


Triiiim, triiim, triiim – Toca o telefone fixo da minha casa.

– Camilli, eu quero saber se você tem buldogue francês para vender e quanto é.

Todas as vezes que alguém me liga e me aborda dessa maneira, fico com vontade de perguntar se a pessoa também não deseja adquirir 2 litros de leite fresco da fazenda, verduras da horta e umas mangas que catamos do pé. Tudo mercadoria mesmo, não é verdade?
O que importa sobre o temperamento e outras demandas?

– Oi fulana, tudo bem com você? Você quer um cãozinho para reprodução ou para companhia?

– Ué! Tem diferença? Qual a diferença entre eles?

– O cão para reprodução vai reproduzir, gerar outros filhotes. O cão destinado à companhia, vai fazer companhia a seus proprietários. Nós encaminhamos apenas filhotes para companhia.
– Isso eu não sei. Tenho que perguntar.
– Mas, o filhote não é para você???
– Não, é para o meu chefe. Ele é muito ocupado e não tem tempo de ficar olhando “essas coisas”.
– Olha, fulana, eu só encaminho meus filhotes se eu conversar diretamente com o proprietário. Sinto muito, mas não posso vender nenhum filhote para você.
Por milésimos de segundos tive certeza absoluta que tinha despachado o “doutor” para além mar e nunca mais, em minha vida, seria incomodada.
De maneira geral, digníssimos doutores tem seu ego feridíssimo numa situação dessas, jamais compreendem que a preocupação é com o bem-estar do filhote. Questão de valores…

Mas, eis que:



Triiim, triiim, triiim – Toca o telefone de novo, 0.015 segundos depois que a secretária desligou. Outra mulher, não muito feliz comigo.
– Camilli, meu nome é ciclana, sou esposa de beltrano e gostaria de saber o que você quer saber.
Eu já não estava entendendo porque ela estava me ligando. Do lado de lá, sua voz era de gladiadora!
– Primeiro eu gostaria de saber a sua rotina e a de seu marido.
– Nós saimos de casa às 6:30h da manhã e voltamos às 8h da noite. Na verdade, compramos uma cachorrinha, buldogue francês, e achamos que ela está se sentindo muito sozinha, então queremos comprar outra para fazer companhia a ela.
Vocês estão achando que ela está se sentindo sozinha? Sei… Com razão, né? Buldogues franceses odeiam solidão, odeiam ficar sozinhos.
– Ah, mas tem a empregada lá.
– Mas, a empregada é paga para fazer o serviço da casa. Não foi ela que comprou o cão. Ela não é afeiçoada a ele. E, qual a idade do filhote?
– Aaaah, não sei. É bem pequenininho.
Bom… desde quando a 1ª secretária me ligou e disse que o “doutor” não tinha tempo para ver “essas coisas”, já vi que esse não era um humano de estimação ideal para os meus filhotes.
Agora, uma outra mulher me liga e diz que não sabe a idade do pobre bebê abandonado dentro de casa! Que horror.
– Olha, fulana. Vender um filhote para vocês vai ser outro erro. Buldogues franceses precisam da companhia de pessoas para serem felizes e sociáveis. Infelizmente, não vou poder lhe atender. Prezo muito pelo bem-estar dos meus filhotes.
– Mas, eu quero comprar e você tem para vender. É meu direito, euuuu vouuuu comprar outrooooo buldogueeeee francêssssssss.
– Tudo bem, fulana. Eu não indico. Mas, se é o seu desejo, há muitos canis de buldogue francês, por aí, que não criarão empecilho algum.
Para um lar inadequado foi encaminhada uma buldoguinha.
Para resolver o problema, o proprietário criará um outro problema.
Já ouviram dizer que quem não ouve conselho, ouve coitado?
Mas, nestes casos, os “coitados”, são sempre os cães.
UPDATE EM 02/06/2010:

Tive notícias que este “doutor”, que na verdade não era casado com nenhuma mulher, já se “desfez” da sua “amada” buldoguinha. Enjoou dela…
Irracional é o cão?
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CAMILLI CHAMONE

Pós-graduada em Genética e Biologia Molecular. Foi professora universitária federal de Biologia Celular e Genética. Criou buldogues franceses. Foi membro efetivo do Conselho Disciplinar do Kennel Clube de Belo Horizonte. Foi Diretora da Federação Mineira de Cinofilia. É editora do "Seu Buldogue Francês", o maior blog do mundo sobre buldogues franceses, e de todas as mídias sociais que levam esse nome. É palestrante e consultora sobre bem-estar e comportamento canino. Além disso tudo, é perdida e irremediavelmente apaixonada por frenchies.

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