A leishmaniose é transmitida por um mosquito.

Olhem bem a cara dele:
Flebótomo

O flebótomo tem um ciclo de vida único e conhecê-lo é importante para que possamos fazer nosso “dever de casa” na prevenção do mosquito.
Ciclo do flebótomo

– As fêmeas colocam em torno de 50 ovos, por vez, em locais quentes e úmidos, ricos em matéria orgânica. Estes locais “quentes e úmidos, ricos em matéria orgânica” são o entulho acumulado no seu quintal ou o lixo no lote vago ao lado de sua casa, a linda cerca viva que cresceu junto ao muro, aquele xaxim quase esquecido…
– As larvas e pupas utilizam essa matéria orgânica para se alimentar.
– Os mosquitos adultos vivem por, aproximadamente, 20 dias. Depois de 72h que picam alguém (CÃO ou HUMANO) infectado com LEISHMANIOSE, tornam-se aptos a transmitir a doença enquanto estiverem vivos.
Perguntas interessantes:1) Por que não há um trabalho do governo de pulverização de inseticidas para eliminar o mosquito?
Resposta do Dr. Leonardo Maciel: Porque a leishmaniose é a 6ª na ordem das “necessidades urgentes” de doenças transmitidas por mosquitos. A 1ª é a dengue, depois vêm a febre amarela, malária… Tem que haver surto de 05 (cinco) doenças antes, para que o governo se mobilize! Mesmo assim, questiona-se a eficácia das pulverizações e os riscos para a saúde. 2) Por que é tão difícil controlar o mosquito?
Resposta do Dr. Leonardo Maciel com complemento meu: Porque as pessoas têm dificuldade de tirar uma latinha que acumula água de dengue… imagine limpar um quintal inteiro?// O mosquito invadiu as cidades porque foi expulso de seu habitat natural. Ele também está tendo que se adaptar a novas mudanças. Entretanto, está em franca vantagem, uma vez que reproduz-se muito mais rápido que nós ou os cães, e isso permite que – através de mutações – adapte-se mais facilmente a este novo “ecossistema urbano”.
3) Exterminar cães soropositivos resolve?
Resposta do Dr. Leonardo Maciel: Depende. Em uma cidade de 1000 habitantes, se o diagnóstico e a eutanásia forem feitos em apenas 1 semana, é bem provável que os índices da doença se reduzam drasticamente. Mas, numa cidade como Belo Horizonte – MG, com quase 3 milhões de habitantes, é impossível fazer o diagnóstico e eutanásia em tão pouco tempo, de todos os cães infectados. Aliás, a prefeitura tem aparecido na casa dos proprietários para “buscar os cães doentes”, 8 meses depois da coleta do sangue. Durante todo este tempo, eles estão transmitindo a doença.
4) Existe tratamento para a leishmaniose?SIM, existe! O tratamento não elimina a leishmania do organismo, mas impede que o cão transmita a doença a outros cães ou a seres humanos – por isso o tratamento deve ser feito por toda a vida. Mas, algum infeliz do nosso governo deu uma “canetada” e proibiu o tratamento da doença. Teoricamente, desde de agosto deste ano, todos os cães diagnosticados com a doença, devem ser eutanasiados. Não há cura para a leishmaniose. A leishmaniose é uma doença crônica, como a diabetes ou a hipertensão, ou seja, exige tratamento por toda a vida. Mas, a Associação Bichos Gerais em conjunto com a Anclivepa entrou com uma ação liminar contra essa medida. Vamos torcer pelos animais.
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CAMILLI CHAMONE

Pós-graduada em Genética e Biologia Molecular. Foi professora universitária federal de Biologia Celular e Genética. Criou buldogues franceses. Foi membro efetivo do Conselho Disciplinar do Kennel Clube de Belo Horizonte. Foi Diretora da Federação Mineira de Cinofilia. É editora do "Seu Buldogue Francês", o maior blog do mundo sobre buldogues franceses, e de todas as mídias sociais que levam esse nome. É palestrante e consultora sobre bem-estar e comportamento canino. Além disso tudo, é perdida e irremediavelmente apaixonada por frenchies.

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