Agora que voltei a ser estudante (não que eu tenha parado algum dia…) ando aprendendo muitas coisas interessantes.
Uma delas é que, na Venezuela, Hugo Chávez não permite a atuação das ONGs. Coisa de louco, né?
Possuído do pânico de perder o controle sobre as ações civis, o estado proibe peremptoriamente qualquer ação que complemente a sua função. O resultado nós conhecemos.
Outrossim, aprendi o importantíssimo papel das Organizações Não Governamentais nos países de primeiro mundo. Vocês sabiam que o Estado dos países desenvolvidos não consegue absorver/resolver grande parte de seus problemas sociais e que as ONGs corroboram ativamente nesta função?
Nem Suiça, nem Suécia seriam o exemplo de cidadania que são sem o papel social fundamental das ONGs.
Vamos lembrar que as ONGs nada mais são que um grupo social organizado (formado por PESSOAS), sem fins lucrativos, constituído formal e autonomamente, caracterizado por ações de solidariedade no campo das políticas públicas e pelo legítimo exercício de pressões políticas em proveito de populações excluídas das condições da cidadania.
É triste constatar que no Brasil, um país tão vasto e tão repleto de riquezas, essas ações sociais engrenam com muita dificuldade porque a mentalidade do povo brasileiro é sempre a de levar vantagem individual para depois, bem depois, contextualizar o coletivo.
Será que estou sendo benevolente ao considerar que a maioria um dia irá considerar o coletivo?
Querem um exemplo simples?
Você comprou seu bulldog francês e acha um desperdício não cruzá-lo(a) porque ele é lindo(a) de viver.
Você não parou para pensar em quantos descendentes indiretos este cão gerará, certo? Você é responsável por isso.
Você não parou para pensar se os futuros proprietários destes descendentes indiretos serão responsáveis com relação ao controle de leishmaniose visceral canina e controle do abandono, certo? Você é responsável por isso.
Ahhhhhhh… como seria bom se cada um varesse a sua própria calçada.
O gari poderia virar jardineiro.