- A vacina comprovadamente não funciona – como a vacina contra giardíase.
- Não existe comprovação, com alto nível de evidência científica (estudos prospectivos, randomizados, duplo-cegos, com N importante e longa duração), de que a vacina funciona – como no caso da vacina contra leishmaniose canina.
- O cão não responde à vacina porque é um “não respondedor”. Nesse caso, não importa quantas doses de vacina, contra uma determinada doença, o cão tome. Ele simplesmente não produzirá anticorpos contra ela.
- Vacinas são medicamentos extremamente perecíveis e sensíveis a variações de temperatura. Se, em qualquer processo logístico, houver descuido com relação ao armazenamento, a vacina poderá se perder. [leia nosso post Porque os aviões caem?, para entener isso melhor] Além disso, esteja atento a esta recomendação universal:
O Ministério da Saúde recomenda que as seringas utilizadas na imunização sejam preparadas no momento da administração da dose e nunca sejam previamente preenchidas, mesmo que armazenadas na caixa térmica de uso diário da sala de vacinação. Após aberta, a solução deve ser mantida no frasco da vacina e armazenada na temperatura recomendada (entre 2 ° C e 8 ° C). A dose deve ser aspirada somente no momento da administração.
- para saber se seu cão respondeu (ou não) à vacinação;
- para saber o momento exato de submeter o cão ao reforço vacinal. Já explicamos antes que não é necessário fazer reforços vacinais anuais contra doenças provocadas por vírus – as publicações científicas demonstram que os anticorpos mantêm níveis de proteção por, no mínimo, 03 (três) anos. Fazer a vacina apenas quando a titulação de anticorpos diminuir protegerá seu cão dos riscos de vacinose;
- também é útil para auxiliar nos casos de pets com histórico vacinal desconhecido.
Vacinar é importante? Sim. (Essa não é a discussão aqui.) Mas a atual banalização da vacinação – todos os produtos disponíveis no mercado sendo aplicados anualmente em todos os pets, independentemente de seu histórico de saúde e do seu estilo de vida – é uma conduta antiética que comprovadamente pode causar mais prejuízos do que benefícios ao organismo.
Infelizmente, esse tipo de informação só chega no seu veterinário se ele tiver a curiosidade e a disposição de pesquisá-la. Não chega a congressos e simpósios patrocinados por grandes companhias farmacêuticas. É escassamente estudado por acadêmicos brasileiros e raríssimos artigos científicos a respeito ganham publicação nos periódicos em língua portuguesa mais lidos pelos nossos clínicos.