“Meu cão foi vacinado, mas mesmo assim contraiu a doença!”
Sim, isso pode acontecer e não é um fenômeno raro. Infelizmente, há várias causas diferentes que podem determinar a não proteção de um cão vacinado:

  1. A vacina comprovadamente não funciona – como a vacina contra giardíase.
  2. Não existe comprovação, com alto nível de evidência científica (estudos prospectivos, randomizados, duplo-cegos, com N importante e longa duração), de que a vacina funciona – como no caso da vacina contra leishmaniose canina.
  3. O cão não responde à vacina porque é um “não respondedor”. Nesse caso, não importa quantas doses de vacina, contra uma determinada doença, o cão tome. Ele simplesmente não produzirá anticorpos contra ela.
  4. Vacinas são medicamentos extremamente perecíveis e sensíveis a variações de temperatura. Se, em qualquer processo logístico, houver descuido com relação ao armazenamento, a vacina poderá se perder. [leia nosso post Porque os aviões caem?, para entener isso melhor]  Além disso, esteja atento a esta recomendação universal:

O Ministério da Saúde recomenda que as seringas utilizadas na imunização sejam preparadas no momento da administração da dose e nunca sejam previamente preenchidas, mesmo que armazenadas na caixa térmica de uso diário da sala de vacinação. Após aberta, a solução deve ser mantida no frasco da vacina e armazenada na temperatura recomendada (entre 2 ° C e 8 ° C). A dose deve ser aspirada somente no momento da administração.

Conclusão: vacinar não é sinônimo de proteger.


Créditos do cartoon desconhecidos. Por favor, avise-nos se souber.

Mas, então, como garantir que meu cão está protegido? 
Infelizmente, para a maioria das doenças não há garantia. Entretanto, para parvovirose e, principalmente, para a cinomose, que é uma doença gravíssima e afeta cães de todas as idades, é possível medir a quantidade de anticorpos circulantes do cão. 
A titulação de anticorpos (esse é o nome do exame) é capaz de detectar a existência de um nível suficiente de anticorpos no sangue do cãozinho, necessários para combater a doença. Basicamente, é um teste que muito nos ajuda em 03 (três) situações distintas e igualmente importantes:
  1. para saber se seu cão respondeu (ou não) à vacinação; 
  2. para saber o momento exato de submeter o cão ao reforço vacinal. Já explicamos antes que não é necessário fazer reforços vacinais anuais contra doenças provocadas por vírus – as publicações científicas demonstram que os anticorpos mantêm níveis de proteção por, no mínimo, 03 (três) anos. Fazer a vacina apenas quando a titulação de anticorpos diminuir protegerá seu cão  dos riscos de vacinose;
  3. também é útil para auxiliar nos casos de pets com histórico vacinal desconhecido. 

Em maio deste ano, previamente à época do 1º reforço vacinal do Bento, contra cinomose e parvovirose (vacina V2 – Puppy DP), fizemos a titulação de anticorpos e o resultado foi extraordinário: apesar de ter tomado “apenas” as doses da infãncia, ele está completamente imunizado contra essas doenças, não precisando ser revacinado, pelo menos, pelos próximos 03 (três) anos. [Clique aqui e veja o resultado do exame de titulação de anticorpos do Bento]
Para quem está lendo isso pela primeira vez e tomando um susto com essa “novidade”, nós convidamos à leitura de todos os nossos posts sobre o tema Novos Paradigmas Sobre Vacinação, quem escrevemos desde 2008. Além disso, repetimos e reiteramos o que a Dra. Sylvia Angélico, do execelente site Cachorro Verde diz:

Vacinar é importante? Sim. (Essa não é a discussão aqui.) Mas a atual banalização da vacinação – todos os produtos disponíveis no mercado sendo aplicados anualmente em todos os pets, independentemente de seu histórico de saúde e do seu estilo de vida –  é uma conduta antiética que comprovadamente pode causar mais prejuízos do que benefícios ao organismo. 

Infelizmente, esse tipo de informação só chega no seu veterinário se ele tiver a curiosidade e a disposição de pesquisá-la. Não chega a congressos e simpósios patrocinados por grandes companhias farmacêuticas. É escassamente estudado por acadêmicos brasileiros e raríssimos artigos científicos a respeito ganham publicação nos periódicos em língua portuguesa mais lidos pelos nossos clínicos.

A World Small Animal Veterinary Association afirma que não é necessário revacinar anualmente todos os cães contra cinomose e parvovirose. Clique aqui e baixe o protocolo vacinal recomendado por essa instituição de renome internacional.  

 

 

 

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CAMILLI CHAMONE

Pós-graduada em Genética e Biologia Molecular. Foi professora universitária federal de Biologia Celular e Genética. Criou buldogues franceses. Foi membro efetivo do Conselho Disciplinar do Kennel Clube de Belo Horizonte. Foi Diretora da Federação Mineira de Cinofilia. É editora do "Seu Buldogue Francês", o maior blog do mundo sobre buldogues franceses, e de todas as mídias sociais que levam esse nome. É palestrante e consultora sobre bem-estar e comportamento canino. Além disso tudo, é perdida e irremediavelmente apaixonada por frenchies.

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