Vacinar um cão não é sinônimo de que ele esteja protegido. Recentemente, um dos nossos leitores nos mandou uma triste mensagem que dizia o seguinte:
“Essa semana perdi meu pequenininho de 8 meses para a parvovirose. Ele era completamente vacinado, nas épocas certas, as vacinas corretas. Passou 15 dias hospedado num hotelzinho enquanto eu saía de viagem e voltou infectado com parvo. Foi tão rápido e agressivo que só tive 1 dia em casa brincando e passeando com meu pequeno, antes dele começar com os vômitos, ser internado e morrer 2 dias depois.”
Não pensem que a responsabilidade pelo problema é do hotelzinho. O vírus causador da parvovirose canina (parvovírus) é universal e muito resistente, podendo sobreviver meses, intacto, no ambiente. Pode ser carregado, de um lugar para o outro, pela sola dos sapatos e até pelo vento.
O vírus causador da parvovirose é ultrarresistente,
podendo sobreviver meses no ambiente.
Essa história triste nos ensina que falhas na vacinação podem acontecer, e elas acontecem em decorrência dos seguintes motivos:
2) O cão não responde à vacinação porque é um “não respondedor”. Nesse caso, não importa o número de doses de vacinas a qual o cão é submetido – ele simplesmente não produz anticorpos em resposta a ela;
3) O cão não responde à vacinação porque foi vacinado estando doente. A bula das vacinas é muito clara quando diz que “cães doentes não devem ser vacinados“. Portanto, estados infecciosos, doenças auto-imunes (inclusive alergia) e outras condições que debilitem o estado geral do cão devem ser excluídas para que seja alcançada a máxima eficácia vacinal;
4) Porque as vacinas não são armazenadas corretamente e, consequentemente, estragam. Não deixe de ler a postagem Por que os aviões caem? para entender isso melhor. Para correr menos riscos, sugerimos que você vacine seu cão apenas em clínicas que dispõem de gerador de energia – não hesite em perguntar! Além disso, esteja atento a esta recomendação universal:
O Ministério da Saúde recomenda que as seringas utilizadas na imunização sejam preparadas no momento da administração da dose e nunca sejam previamente preenchidas, mesmo que armazenadas na caixa térmica de uso diário da sala de vacinação. Após aberta, a solução deve ser mantida no frasco da vacina e armazenada na temperatura recomendada (entre 2 ° C e 8 ° C). A dose deve ser aspirada somente no momento da administração.
O que a maioria dos humanos de estimação dos cães não sabe é que existem exames que permitem saber se um cão produziu anticorpos (após a vacinação) que o protegem, especialmente, contra 02 (duas) doenças gravíssimas: cinomose e parvovirose.
A titulação de anticorpos (esse é o nome do exame) é capaz de medir a existência de um nível suficiente de anticorpos no sangue do seu cãozinho, necessários para combater a doença. Basicamente, é um teste que muito irá ajudar você em 03 (três) situações distintas e igualmente importantes:
para saber se seu cão respondeu (ou não) à vacinação;
para saber o momento exato de submeter o cão ao reforço vacinal. Já explicamos antes que não é necessário fazer reforços vacinais anuais contra doenças provocadas por vírus – as publicações científicas demonstram que os anticorpos mantêm níveis de proteção por, no mínimo, 03 (três) anos. Fazer a vacina apenas quando a titulação de anticorpos diminuir protegerá seu cão dos riscos de vacinose;
também é útil para auxiliar nos casos de pets com histórico vacinal desconhecido.
O ideal é que o cão faça a titulação de anticorpos (IgG) 30 dias após a última dose da vacina V6 (ou V8 ou V10) e sempre antes de ser submetido ao reforço vacinal, para, respectivamente, comprovar a eficácia (ou não) da vacina e reduzir os riscos de vacinose (doença crônica decorrente de excessos vacinais).
Qualquer clínica veterinária disponibiliza esse exame, que não é nenhuma novidade na medicina veterinária. O Laboratório Tecsa faz a titulação de anticorpos dos meus cães há anos e é conveniado com veterinários de todo o país. Além disso, os próprios veterinários podem disponibilizar a titulação em seus consultórios (os melhores vets já fazem isso!) – o teste é importado e está disponível no mercado brasileiro, sendo capaz de avaliar a presença de anticorpos contra a cinomose, parvovirose e adenovirose caninas.
Imagem gentilmente cedida pela leitora Rafaella Pisciotta
Pós-graduada em Genética e Biologia Molecular. Foi professora universitária federal de Biologia Celular e Genética. Criou buldogues franceses. Foi membro efetivo do Conselho Disciplinar do Kennel Clube de Belo Horizonte. Foi Diretora da Federação Mineira de Cinofilia. É editora do "Seu Buldogue Francês", o maior blog do mundo sobre buldogues franceses, e de todas as mídias sociais que levam esse nome. É palestrante e consultora sobre bem-estar e comportamento canino. Além disso tudo, é perdida e irremediavelmente apaixonada por frenchies.
We use cookies on our website to give you the most relevant experience by remembering your preferences and repeat visits. By clicking “Accept All”, you consent to the use of ALL the cookies. However, you may visit "Cookie Settings" to provide a controlled consent.
This website uses cookies to improve your experience while you navigate through the website. Out of these, the cookies that are categorized as necessary are stored on your browser as they are essential for the working of basic functionalities of the website. We also use third-party cookies that help us analyze and understand how you use this website. These cookies will be stored in your browser only with your consent. You also have the option to opt-out of these cookies. But opting out of some of these cookies may affect your browsing experience.
Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. These cookies ensure basic functionalities and security features of the website, anonymously.
Cookie
Duração
Descrição
cookielawinfo-checkbox-analytics
11 months
This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics".
cookielawinfo-checkbox-functional
11 months
The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional".
cookielawinfo-checkbox-necessary
11 months
This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary".
cookielawinfo-checkbox-others
11 months
This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other.
cookielawinfo-checkbox-performance
11 months
This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance".
viewed_cookie_policy
11 months
The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data.
Functional cookies help to perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collect feedbacks, and other third-party features.
Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.
Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.
Advertisement cookies are used to provide visitors with relevant ads and marketing campaigns. These cookies track visitors across websites and collect information to provide customized ads.