O que eu fiz? Sugeri o protocolo vacinal da Drª Jean Dodds, ora bolas! Para que tanto stress se a vacinação trienal é eficaz? A resposta dos vets representam o que escuto da maioria dos vets: “Isso não é válido no Brasil.” 
“Nos EUA, é comum a vacinação a cada três anos, mas, como o colega disse, isso não vale para o Brasil. O “desafio” a que os nossos cães são submetidos é muito, muito maior do que o dos cães de lá. Para o nosso contexto, é perigoso aguardar esse tempo todo entre uma vacinação e outra.”
“Concordo! Afinal, nunca se sabe quando vai ter um surto na sua região….e numa dessas seu cachorro fica doente por falta de vacina! É melhor correr o risco de errar pelo excesso do que pela falta!!!” Curiosamente, não há o mínimo questionamento sobre o protocolo utilizado em nosso país. Por que não é válido para o Brasil?
(…vamo$ fazer a$ conta$, oportunamente!) Será que os cães da América do Norte (Europa e Austrália) possuem um sistema imunológico diferente dos cães brasileiros?
(é exatamente igual em cães saudáveis, e cães saudáveis são capazes de se proteger se estiverem imunizados e a imunidade contra doenças viróticas dura, pelo menos, 3 anos) Será que parvovirose e cinomose não existem nos outros países?
(existe, e muito!) Será que corremos o risco de epidemia de raiva, parvovirose e cinomose?
(pouco provável, epidemias ocorrem com “vírus desconhecidos”, quando o sistema imune não apresenta anticorpos – exemplo, gripe suína.)
Ao mesmo tempo, recebia MUITAS mensagens particulares (enquanto era exorcizada no fórum!), de pessoas que compartilhavam das minhas idéias e já utilizavam o mesmo protocolo em seus pets.
Fui, inclusive, convidada a participar de fórum de discussão “só para convidados”, onde os participantes discutem as questões relativas aos pets com uma visão mais ampla da veterinária, com uma mente menos limitada a protocolos. AMEI!
Uma das mensagens que recebi foi bastante intrigante e resolvi postá-la aqui:
“As pessoas ficam presas a conceitos, sem questionar se existe outros interesses por trás. Dizem amém a tudo.
Com animais isso é muito gritante, não só com vacinas, mas com a alimentação.
Há tempos tenho o guia de vacinas do AAHA e quando falo nisso os vets quase infartam.
O vet dos meus cães, quando falei, ficou sussurrando para nenhum outro cliente ouvir… Affffff…fiquei até decepcionada com ele na época.”
PARA PENSAR.]]>

 

 

 

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CAMILLI CHAMONE

Pós-graduada em Genética e Biologia Molecular. Foi professora universitária federal de Biologia Celular e Genética. Criou buldogues franceses. Foi membro efetivo do Conselho Disciplinar do Kennel Clube de Belo Horizonte. Foi Diretora da Federação Mineira de Cinofilia. É editora do "Seu Buldogue Francês", o maior blog do mundo sobre buldogues franceses, e de todas as mídias sociais que levam esse nome. É palestrante e consultora sobre bem-estar e comportamento canino. Além disso tudo, é perdida e irremediavelmente apaixonada por frenchies.

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