Sem dúvida alguma, qualquer cão é um excelente animalzinho de estimação – não importa a raça, a falta de raça ou se é (ou não) um “exemplar típico”, segundo a Federação Cinológica Internacional. Entretanto, acredito que quando alguém escolhe uma raça específica, o faz principalmente pelas características físicas dessa raça – e espera que seu cão cresça e se torne um exemplar típico. Clique aqui para conhecer o padrão da raça do buldogue francês.

Escrevo este texto, hoje, justamente por estar testemunhando uma explosão de frenchies atípicos e de tutores decepcionados porque seus cães não se tornaram aquilo que era esperado. Não há dúvidas de que a maior responsabilidade por tanta atipicidade é devida aos criadores de fundo de quintal.
Criador de fundo de quintal é o proprietário de um cão, que não entende nada de testes de saúde ou doenças genéticas ligadas à raça, desconhece as características da genealogia do seu cão, não entende do padrão da raça, não entende de planejamento reprodutivo, nunca levou seu cão a exposições para que fosse avaliado, mas mesmo assim quer reproduzi-lo, por motivos diversos.
Há alguns anos, foi feito um estudo nos EUA e o resultado foi impressionante – no Brasil não deve ser diferente. Dos cães que lá vivem, aproximadamente:
  • 1% são cães selvagens ou sem raça definida que se reproduzem independentemente; 
  • 12% são adquiridos de criadores; 
  • 20% são adquiridos de fábricas de filhotes que os vendem em pet shops e feirinha;
  • 68% restantes são cães provenientes de criadores de fundo de quintal. 
Portanto, a primeira dica para quem exige um buldogue francês dentro do padrão da raça é: fuja dos “acasalamentos domésticos”. Não tenho a menor dúvida que muitos proprietários que reproduzem seus cães os amam verdadeiramente, mas, ainda assim, reproduzi-los não é a decisão correta e adquirir cães com essa procedência é pouco sensato.
A segunda dica é: procure um bom criador
Sim, eu sei… encontrar um bom criador de cães de raça é como procurar agulha no palheiro. Para cada 100 (cem) criadores ruins, há apenas 01 (um) bom. Mas eles existem! No Canadá, tenho uma admiração enorme pela trabalho da minha amiga e criadora Dorit Fischler, do canil Belboulecan, de onde veio o Leo. No Brasil, minha admiração semelhante é pela criadora Mariana Vargas, do canil Dros Bull – em breve, terei a honra de ter um filhote da sua criação, nosso querido Bento.
A terceira dica é: analise o filhote e peça para ver fotografias de seus pais. Desconfie de filhotes magrinhos, com focinho longo e que não lembram em nada o robustez tão característica dos frenchies. Mas, por favor, nada de fazer essa avaliação em filhotes recém-nascidos! Aliás, nenhum criador idôneo vende filhotes que ainda estão na barriga da mãe ou antes de completarem 30 (trinta) dias de idade.
Desconfie, também, se os pais do filhote não forem buldogues franceses típicos.
Filhotes atípicos de buldogue francês (apresentando muitas características físicas indesejáveis, segundo o padrão da raça)
Fonte: OLX
Um bom criador certamente não comercializará filhotes abusadamente fora do padrão, tanto no quesito físico, quanto no quesito temperamento (leia aqui para saber um pouco mais sobre a influência da genética no temperamento). Mas é importante estar atento!
Uma observação importante: não existem cães 100% dentro do padrão da raça, porém as características marcantes da raça precisam estar sempre presentes.
Filhotes típicos de buldogue francês (apresentando muitas características físicas desejáveis, segundo o padrão da raça)
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CAMILLI CHAMONE

Pós-graduada em Genética e Biologia Molecular. Foi professora universitária federal de Biologia Celular e Genética. Criou buldogues franceses. Foi membro efetivo do Conselho Disciplinar do Kennel Clube de Belo Horizonte. Foi Diretora da Federação Mineira de Cinofilia. É editora do "Seu Buldogue Francês", o maior blog do mundo sobre buldogues franceses, e de todas as mídias sociais que levam esse nome. É palestrante e consultora sobre bem-estar e comportamento canino. Além disso tudo, é perdida e irremediavelmente apaixonada por frenchies.

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