Quem acompanha o blog já deve ter percebido o meu espírito ALTAMENTE QUESTIONADOR.
Me incomoda bastante o fato das pessoas aceitarem tudo muito passivamente, sem o mínimo de questionamento…
Aquele médico é o melhor? Por que?
Aquela ração é a melhor? Por que?
Por que se deve utilizar este protocolo? Aliás, protocolos são elementos altamente visados por mim, porque tem-se o hábito de engolí-los, sem o menor questionamento, porque alguém definiu que deveria ser daquele jeito.
Por conta desses loucos protocolos, há muitas pessoas que perderam todos os seus dentes (ao invés de tratar, vamos extrair!), perderam as mãos (roubou? cortem as mãos!) e, agora, também, perdem seus cães com leishmaniose (portaria nº 1426 do nosso governo) mesmo querendo tratá-los adequadamente.
Bem… há uma lista enorme de protocolos a serem questionados. E, ontem, lendo o que Sylvia Angélico escreveu sobre sua golden natureba, a Sarabi, não pude deixar de rever meus próprios conceitos (coisa que adoro) e postar uma coisa muito legal aqui:
“Tive uma aula muito interessante sobre vacinas e imunização na faculdade esses dias. Fiquei surpresa com o grau de atualização do professor, um veterinário alopata cardiologista e clínico geral. Me alegrou saber que, pelo menos na minha faculdade, os alunos têm oportunidade de rever os conceitos em relação a esse assunto.
Dito isso, o professor contou algo que me assustou. Aparentemente há um pequeno surto – se é que pode-se dizer assim – de hepatite causada pelo adenovírus 1. “Só essa semana atendi a uma ninhada inteira tomada por essa doença. Perdemos dois filhotes; os demais estão internados em situação delicada”, comentou o professor. Abri o Ettinger (a Bíblia da Clínica Geral de Pequenos Animais) e é isso mesmo. A hepatite viral é uma doença grave para filhotes. Quando sobrevivem, pode haver seqüelas neurológicas e os cães curados continuam a eliminar e a disseminar o adenovírus 1 no ambiente por até dois meses.
Fui obrigada a rever meus conceitos – coisa que faço com prazer. Aprendi na aula e depois confirmei em livros, como o Ettinger, que basta uma aplicação bem feita de vacina de vírus vivo (atenuado) em um filhote saudável, com no mínimo 14 semanas, para haver soroconversão (criação de anticorpos específicos) bem sucedida. A partir das 14 semanas de idade, o sistema imunológico do filhote está maduro o suficiente para criar anticorpos virais que duram de 3 anos até a vida toda (caso dos anticorpos contra a parvovirose).
Optamos então, por fazer a terceira – e por enquanto, última – dose com uma vacina V6. É essa aqui. Desprovida de bacterinas de leptospirose, justamente a porção mais alergênica das vacinas V8 e V10, a Duramune Max 5-CvK protege contra Cinomose (importantíssima), Parvovirose (importantíssima), Coronavirose (inútil), Parainfluenza (útil em certos casos), Adenovirose tipo 1 ou Hepatite Infecciosa Canina (importante) e Adenovirose 2 (pouco importante, mas precisa ser aplicada junto com a Adenovírus tipo 1).
Não houve reação local, dor, febre, coceiras, nada. Administramos o remédio homeopático Thuja occidentalis na potência 6CH antes e após a aplicação da vacina. A Thuja é notória por minimizar e até cancelar os efeitos deletérios das vacinações. A vacina foi feita na quinta-feira passada. Ou seja, daqui a 10 dias a pequena estará liberada para passeios na rua e em parques!”
Postagem disponível em : http://www.cachorroverde.com.br/sarabi/?p=119