TECPAR – Luis Fernando de Oliveira Ribas, disse:
“É muito chato dizer isso, para quem é o dono do bichano, mas podem ocorrer óbitos em 0,01% a 0,03% dos casos, particularmente em felinos, mais sensíveis à fórmula”.
Parece existir mais felinos sensíveis do que supõe essa estatística, pelo menos é o que mostra essa matéria de O DIA online, onde há relatos de mais de 30% de felinos adoecidos, depois da aplicação da vacina.
Felizmente, ontem, São Paulo suspendeu a aplicação da vacina em cães e gatos, após o relatos de 07 (sete) casos de choque anafilático, seguidos de morte dos pets.
Que fique claro que sou a favor da vacinação de todos os animais de estimação, entretanto, cabe uma análise crítica aos protocolos vacinais utilizados atualmente. Por lei, no Brasil, a vacina antirrábica é feita anualmente nos animais de estimação. Isso é bastante compreensível, quando se trata de políticas públicas, uma vez que a raiva é uma zoonose. Afinal, todos os anos nascem milhares de cães/gatos de rua e estes pets precisam ser imunizados.
Entretanto, para os animais controlados, ou seja, aqueles que tem acesso a rede privada de atendimento veterinário e que vivem domiciliados, cabe um esquema vacinal individualizado. As pesquisas tem demonstrado que a super-vacinação pode provocar efeitos nocivos diversos nos pets.
Do ponto de vista imunológico, a vacina antirrábica é uma vacina “potente”, podendo, apresentar diversas reações adversas neurológicas, resultando em atrofia muscular, alteração das funções motoras, além de anemia hemolítica, doenças auto-imunes que afetam a tireóide, articulações, sangue, olhos, pele, rim, fígado, intestino e sistema nervoso central, choque anafilático, agressividade, convulsões da epilepsia e fibrossarcomas nos locais da aplicação da injecção estão todas ligadas à vacina anti-rábica. Portanto, não é saudável utilizar esta vacina em frequência maior do que a necessária para manter a imunidade.
As pesquisas científicas sugerem que depois da primeira dose de reforço – feita com 1 ano de idade – o intervalo de três anos mantém titulaçãoes adequadas, capazes de manter o cão protegido. Entretanto, outros estudos tem demonstrado que os cães mantem-se imunes à raiva cinco anos após a vacinação e estudos sorológicos do Dr. Ronald Schultz mostram que os cães têm contagens de títulos de anticorpos em níveis capazes de conferir imunidade contra a raiva sete anos após a vacinação! A questão não é deixar de vacinar. A questão é fazer bom uso das vacinas, com sabedoria e adequação às necessidades de cada animal.
A saúde do seu pet agradece!