Um texto não precisa ser encarado como verdade absoluta, mas serve como ponto de partida para uma análise reflexiva. Tenham todos ótimos momentos de reflexão! Camilli

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A grande novidade é que os reforços anuais não são mais consideradas necessários, para animais de estimação, por um número crescente de médicos veterinários, pesquisadores veterinários e mais da metade das faculdades de medicina veterinária. A boa notícia é que o animal pode permanecer protegido por um longo período da vida com as vacinas de seu primeiro ano de vida. A má notícia é que muitos donos de animais não estão cientes desta informação.

Meu objetivo com este artigo não é discutir se as vacinas são eficazes na prevenção da doença. Acredito que elas funcionam e previnem contra a maioria das doenças agudas. Também acredito que são capazes de desenvolver problemas crônicos e, muitas vezes, fatais, em alguns cães. Assim como não podemos esperar que cada ser humano tenha o mesmo grau de inteligência, também não podemos esperar que cada animal de estimação desenvolva a mesma reação imunológica à vacinação. Então, sim, certamente, você não colocará a saúde do seu animal de estimação em risco cada vez que utilizada uma vacina desnecessariamente.
Embora uma relação causal direta ainda não esteja definitivamente comprovada, do ponto de vista científico, já existem estudos realizados por veterinários, tais como o Dr. Larry Glickman na Universidade de Purdue, que indicam um aumento na questões auto-imunes após a vacinação. Dr. Mike Lappin, da Universidade do Estado do Colorado, demonstrou que os antígenos de uma cultura de células renais de felinos (utilizados para produzir vacinas virais felina) produzem anticorpos que atacam as células renais de gatos. Em seu estudo, as vacinas utilizadas no protocolo pediátrico “normal” de gatinhos produzem os mesmos anticorpos “destruidores de rim”, que persistem por por, pelo menos, 06 (seis) meses. Se estes anticorpos estão envolvidos no desenvolvimento progressivo de insuficiência renal crônica em gatos ainda está foi determinado, mas, certamente, levanta-se uma bandeira vermelha.
A incidência de fibrossarcomas em gatos (um câncer letal definitivamente ligado à vacinação) ocorre em proporções tão altas quanto 1:400 gatos em algumas partes dos EUA, possivelmente mais elevadas em outras. Assim, é a segurança da utilização de vacinas que está em questão. Não há estudos de longo prazo na utilização de vacinas, não apenas para animais de estimação, mas também para humanos. No entanto, a vacinação tem sido abraçada, pela comunidade médica, como segura e eficaz. Declarações indicando que as vacinas são seguras, a longo prazo, são sem fundamento científico.
Quando cachorrinhos e gatinhos nascem, o leite que consomem da mãe é repleto de anticorpos, na maioria dos casos. Este anticorpos irão atuar nas primeiras 6-12 semanas de vida. Vacinas administradas durante este período não vão resultar em produção efetiva de anticorpos na maioria destes animais jovens, porque os anticorpos que receberam do leite irão “neutralizar” a vacina antes que possa ser criada uma resposta no sistema do jovem. Portanto, faz pouco ou nenhum sentido vacinar um filhote antes de 8 semanas e, na minha opinião, esta deveria ser adiada para 12 semanas. Antes de 12 semanas, há um benefício mínimo e o sistema imunológico imaturo é colocado em risco de reações adversas. Eu aconselho meus clientes com filhotes a socializá-los, mas para usar o bom senso no que diz respeito a passeios, antes das 12 semanas. Esta estratégia tem-se revelado funcional há mais de 3 anos. Após 12 semanas, a vacinação nos filhotes resultará em imunidade ativa (produção de anticorpos), em mais de 90% dos casos. Seria raro para qualquer animal a necessidade de uma 2ª dose, de qualquer vírus. Também recomendo que as vacinas não sejam combinadas, ou seja, que os antígenos sejam aplicados separadamente, para que o risco de reações seja minimizado (exemplo: parvovirose primeiro, seguida de cinomose com 16 semanas). Na minha região, vacino apenas para parvovirose e cinomose, além da raiva para aqueles que solicitarem. No caso dos gatinhos, se eles sempre viverão dentro de apartamento, eu não administraria vacinas. Se eles vão sair, eu esperaria até 2-4 semanas antes de sua primeira aventura fora de casa (normalmente após 4 meses) e, em seguida, administraria uma vacina contra a cinomose, apenas. Estudos do início dos anos 80 demonstraram que é praticamente impossível infectar gatos mais de um ano de idade, em condições experimentais, com o vírus da leucemia felina, mesmo utilizando injeções do vírus.
Para todos os animais, a escolha do proprietário deve ser sempre: “que vacina aplicar” ou “aplicar ou não as vacinas”. Eu simplesmente forneço as informações que possuo para que façam uma decisão consciente. Já vi reações vacinais demais para trabalhar de maneira diferente a esta. Exames de sangue podem ser feitos a qualquer momento, a partir de um mês após a vacinação, para titular (medir) anticorpos circulantes e confirmar se o sistema imunológico do seu animal está preparado para levar a exposição a esses vírus. Qualquer nível de anticorpos indica que as células de memória do sistema imunológico estão ativas e é desnecessário vacinar. Estes testes são desnecessários anualmente, mas podem ser uma ferramenta útil para orientar as decisões re-vacinação.
O resultado provável de dar uma dose de reforço é que, mais uma vez, os anticorpos já circulantes simplesmente neutralizarão o vírus da vacina e nenhum benefício será adquirido ao mesmo tempo, novamente arriscando-se reações nocivas. Muitos proprietários de animais de estimação, equivocadamente, acreditam que, porque seu animal de estimação vai sai, para o parque, passeia, etc., onde eles poderiam estar “expostos” às doenças, o sistema imunológico deles exije um lembrete “regular” sob a forma de vacina. Isso desafia a lógica. Pelo contrário, a exposição “regular” do sistema imunológico ajuda-o a trabalhar sempre e tornar o indivíduo imune, fazendo com que a vacina anual seja ainda menos necessária. Como a American Veterinary Medical Association diz, “Os Médicos Veterinários devem promover o valor de seu conhecimento e afastar-se da dependência dos rendimentos da vacina.” Infelizmente, os veterinários tendem a perder muito dinheiro deixando de vender vacinas, segundo o Dr. Ron Schultz, imunologista e crítico de práticas anuais vacinais. Check ups anuais são importantes para manter e ajudar a diagnosticar questões de saúde antes que elas se tornem um grande problema. Se as vacinas são recomendadas, não se esqueça de perguntar sobre as questões de segurança e estudos para mostrar que elas são realmente necessárias. Questione sobre a titulação de anticorpos. Faça sua própria investigação e chegue as suas próprias conclusões. Lembre-se, a medicina está sempre em um estado de mudança e é preciso mudar no que diz respeito à vacinação de animais.
Texto traduzido, de autoria de Dr. Moira Drosdovech. ]]>

 

 

 

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CAMILLI CHAMONE

Pós-graduada em Genética e Biologia Molecular. Foi professora universitária federal de Biologia Celular e Genética. Criou buldogues franceses. Foi membro efetivo do Conselho Disciplinar do Kennel Clube de Belo Horizonte. Foi Diretora da Federação Mineira de Cinofilia. É editora do "Seu Buldogue Francês", o maior blog do mundo sobre buldogues franceses, e de todas as mídias sociais que levam esse nome. É palestrante e consultora sobre bem-estar e comportamento canino. Além disso tudo, é perdida e irremediavelmente apaixonada por frenchies.

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